5 perguntas para Sarah Buchwitz, da Mastercard

Crédito: Mastercard/ Divulgação

Claudia Penteado 3 minutos de leitura

A atual vice-presidente de marketing e comunicação da Mastercard Brasil, Sarah Buchwitz, acumulou uma importante bagagem ao longo de 18 anos de carreira, com passagens pela ESPN, PepsiCo Brasil e global e Mondelez Brasil, além de uma especialização em branding e mídias sociais pela Kellogg Scholl of Management.

Há quatro anos na liderança do marketing da Mastercard Brasil, promoveu mudanças relevantes na estrutura da empresa, com destaque para iniciativas em prol da equidade de gênero e da diversidade. Em 2021, tornou-se embaixadora do Grupo Mulheres Inspiradoras da Money Report.

Nesta entrevista à Fast Company Brasil, Sarah fala sobre as iniciativas da empresa no campo da ESG, sobre o poder da tecnologia e como formar equipes de alta performance.

O que é inovação para você? 

Para mim, inovação é mais do que um processo. É um mindset e a vontade de fazer as coisas de manira diferente. Seja na forma de liderar, de criar uma campanha ou de desenvolver um novo produto, por exemplo. Para chegar a esse lugar de “pensar e fazer diferente”, é preciso ter um repertório que te auxilie.

a essência da inovação é o pensamento transformador.

Ele pode vir da diversidade, do conhecimento e também do uso da tecnologia a seu favor. Acredito que as ferramentas são capazes de catalisar, acelerar e escalar a inovação. Entendo, portanto, que a essência da inovação é o pensamento transformador.

Hoje, qual a sua visão de sustentabilidade? 

Enxergo a sustentabilidade como a construção de uma visão e de um plano a longo prazo. Isso vale para tudo: para uma empresa, para o meio ambiente, para o mundo.  

Quando pensamos em sustentabilidade ambiental, por exemplo, todos temos um dever muito importante. Como empresa, temos o papel de expandir esse tema com nossos consumidores. Quando as companhias engajam todo o ecossistema, elas redefinem os papéis e podem atuar diretamente para mitigar a crise climática e outras pautas urgentes.  

Na Mastercard, por exemplo, trabalhamos com parceiros e clientes para desenvolver iniciativas, projetos e soluções no pilar de sustentabilidade. É o caso da Coalizão Planeta Priceless, que une os esforços de consumidores, instituições financeiras, comerciantes e cidades para combater as mudanças climáticas por meio do refloresta- mento de 100 milhões de árvores ao longo de cinco anos.

Que habilidades são essenciais para praticar a (boa) liderança? 

Acredito que a liderança efetiva está majoritariamente centrada em soft skills, como capacidade de adaptação, transparência, proximidade e empatia na relação com as equipes e os demais stakeholders. Estes são os principais atributos e diferenciais que as lideranças precisam desenvolver para conduzirem a organização e seus times em tempos desafiadores como os que vivemos nos últimos anos.

Quando as companhias engajam todo o ecossistema, podem atuar diretamente para mitigar a crise climática e outras pautas urgentes.

Além disso, para construir uma equipe de alta performance e engajada, é necessário ter pessoas com diferentes visões, experiên- cias e perspectivas. Como líder, é nossa função nos engajar em temas de Diversidade & Inclusão e ampliar as vozes dessas diferenças, extraindo, assim, o melhor de cada profissional. 

O que o conceito de qualidade de vida significa para você? 

Para mim, é ter equilíbrio e autonomia para respeitar minha individualidade e necessidades. É ter liberdade e flexibilidade para escolher onde vou investir meu tempo e minha energia de forma prazerosa, para que eu tenha a máxima satisfação. Essa satisfação pode vir do trabalho, da família, do esporte, de fazer o bem ao próximo.

Qual o melhor conselho que já recebeu na vida? 

Foi aos meus 15 anos, após o falecimento do meu pai. Durante a sua despedida, uma pessoa me falou que ele iria me observar do céu para o resto da vida. Essa mensagem me impactou de uma forma muito forte e profunda e me acompanha até hoje. Antes de qualquer escolha ou atitude, eu penso se seria algo que o deixaria orgulhoso. Se ele está me olhando, preciso sempre fazer a coisa certa para que ele se orgulhe de mim!


SOBRE A AUTORA

Claudia Penteado é editora chefe da Fast Company Brasil. saiba mais