Como a IA promete transformar a experiência dos fãs de esportes
Tendências no consumo e a disponibilidade de dados são um divisor de águas
Para bilhões de pessoas, ser fã de esportes é sobre identidade e pertencimento. Para muitos, isso define quem são. É o motivo pelo qual torcem por seus times e vestem suas camisas com orgulho. Essa jornada dura a vida toda, marcada por uma lealdade e dedicação intensas, o que torna esse grupo único e fascinante.
Mas o que realmente faz com que cada fã se conecte com seu esporte ou time? O que alimenta essa paixão? Até onde vai esse compromisso? São apenas espectadores ocasionais ou superfãs?
Essas perguntas são essenciais para todos no universo esportivo, especialmente para quem busca atrair novos públicos e aumentar o engajamento dos torcedores.
Até recentemente, responder a essas questões era um desafio. Mas agora, com o avanço da IA generativa, as respostas estão se tornando mais claras, revelando as preferências dos fãs com mais rapidez e precisão do que nunca.
Isso é possível graças a dois fatores principais.
COMO OS FÃS CONSOMEM ESPORTES
O primeiro fator é a mudança na forma como os fãs consomem esportes, o que abriu novas possibilidades de interação. A migração das transmissões tradicionais e da TV a cabo para o streaming, somada à crescente demanda por experiências personalizadas, está transformando a maneira como os fãs se conectam ao esporte.
Nos serviços de streaming, conteúdos gerados por IA – tanto tradicional quanto generativa – podem ser integrados diretamente na tela. Nesse contexto, a inteligência artificial pode funcionar como uma verdadeira enciclopédia esportiva, como alguém que assistiu a todos os jogos nos mínimos detalhes e leu tudo sobre o esporte. Isso permite análises incrivelmente profundas e detalhadas.
Também abre espaço para novos tipos de conteúdo, como replays virtuais, visualizações de dados, animações sobrepostas, estatísticas e explicações, tudo entregue em tempo real e de forma personalizada para cada espectador.
Além disso, a experiência de assistir aos jogos pode ser gamificada, com desafios, recompensas e até oportunidades de apostas integradas à transmissão. E, cada vez mais, conteúdos em realidade aumentada e virtual estão sendo desenvolvidos para atender à crescente tendência dos “gêmeos digitais” – modelos virtuais que simulam e monitoram, em tempo real, o comportamento de objetos físicos.
A DISPONIBILIDADE DE DADOS
O segundo fator é a grande quantidade de dados esportivos disponíveis, que agora pode ser ampliada com a coleta de dados em maior profundidade e velocidade.
Com a tecnologia impulsionada por IA, essa vasta quantidade de dados se torna a base para uma nova era de produtos, experiências e serviços, permitindo um nível mais profundo de engajamento dos fãs.
a experiência de assistir aos jogos pode ser gamificada, com desafios, recompensas e até apostas integradas à transmissão.
Já estamos vendo os primeiros exemplos disso. A tecnologia de visão computacional da Sportradar, por exemplo, coleta 100 vezes mais dados do que a coleta manual tradicional – e o faz em uma fração de segundo. Isso possibilita uma análise mais detalhada das jogadas e oferece um maior entendimento do que os fãs estão assistindo.
Com a ajuda da IA, eles agora podem ter acesso a novos tipos de conteúdo e experiências, como análises personalizadas e insights em tempo real durante as partidas.
Também é possível criar experiências imersivas que reforçam o senso de comunidade, como salas de bate-papo em estádios virtuais ou replays interativos e simulações, que podem ser vistos de qualquer ângulo que o espectador desejar.
CONTEÚDO HIPERPERSONALIZADO
Tudo isso cria um ciclo virtuoso: mais dados de qualidade levam a conteúdos mais dinâmicos e relevantes – hiperpersonalizados –, o que, por sua vez, aumenta o engajamento dos fãs.
O objetivo é sempre aproximá-los do esporte. Como torcedor, é exatamente isso que busco na minha experiência ao assistir a um jogo – e é o que me deixa empolgado por fazer parte de uma equipe e de uma indústria que está tornando isso possível.