Veja o que acontece quando os funcionários deixam de confiar nas lideranças

Quando a confiança é perdida, os funcionários tendem a escutar menos, ficam menos engajados, menos inovadores e menos produtivos

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Sara Sabin 3 minutos de leitura

Como diz o ditado, a confiança leva anos para ser construída, segundos para ser quebrada e uma eternidade para ser recuperada.

Hoje, o nível de confiança nos líderes está preocupantemente baixo. De acordo com um relatório da consultoria global de recursos humanos DDI, apenas 46% dos líderes confiam plenamente que seus gerentes diretos farão o que é certo. Mais alarmante ainda é que menos de um em cada três confia nos líderes sêniores de sua organização.

Os impactos disso são significativos e afetam as equipes de diversas maneiras. Aqui estão alguns exemplos:

1. Os funcionários deixam de escutar

Quando os funcionários não confiam nos líderes, tendem a ignorar seus conselhos. As pessoas não fazem o que você quer simplesmente porque você mandou. Se elas não confiam na sua palavra, vão pensar duas vezes antes de seguir qualquer orientação sua.

Quando um líder diz uma coisa e faz outra, os funcionários percebem. E isso passa a mensagem de que sua palavra não é confiável, ou que não cumprir o prometido é algo aceitável.

2. Os funcionários ficam menos engajados

Iniciativas para aumentar o engajamento não funcionam quando falta confiança entre funcionários e líderes. Sem ela, as pessoas se fecham emocional e mentalmente. Quando essa barreira é erguida, elas ficam mais propensas a sair da empresa em busca de novas oportunidades.

Esse tipo de perda de conexão com o líder, equipe e trabalho geralmente as leva a fazer o mínimo necessário. No pior dos casos, essa falta de engajamento pode tornar os funcionários tóxicos e hostis à empresa.

3. Os funcionários param de inovar

Sem confiar nos líderes, os funcionários se sentem menos à vontade para inovar, se expressar ou correr riscos calculados.

A confiança é essencial para a segurança psicológica, um dos principais fatores que influenciam o desempenho das equipes. Ela pode ser definida como a crença compartilhada de que o ambiente de trabalho é seguro para assumir riscos.

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Quando os funcionários sentem que não têm o apoio dos líderes – seja ao questionar algo no trabalho ou apenas pedir ajuda –, começam a se sentir inseguros. Isso faz com que a produtividade caia e eles se tornem menos eficientes.

4. Problemas de comunicação

É comum que a falta de confiança faça os funcionários criarem barreiras para se proteger. Mesmo que trabalhem bem com seus colegas próximos, eles tendem a evitar colaborar com pessoas fora do seu círculo imediato.

Isso prejudica a comunicação entre equipes, o que aumenta as chances de erros. Com a queda na qualidade do trabalho e tarefas feitas incorretamente, a frustração cresce e pode até gerar conflitos.

COMO REVERTER ESSA SITUAÇÃO

O primeiro passo é ter autoconsciência e mostrar à equipe que você é confiável. Seja um exemplo positivo e cumpra o que promete. No fim das contas, o que importa são suas ações, não apenas o que você diz.

apenas 46% dos líderes confiam plenamente que seus gerentes diretos farão o que é certo.

Demonstrar coerência entre o discurso e a prática os faz ver que podem confiar em você.

O segundo passo é refletir sobre onde exatamente a confiança pode ter sido abalada. Ao tratar a confiança como um conjunto de elementos específicos, em vez de uma ideia abstrata, fica mais fácil identificar os pontos que precisam de atenção e começar a recuperar o que foi perdido.

A confiança é composta por quatro elementos: competência, credibilidade, sinceridade e cuidado. Fazer uma avaliação de cada uma dessas áreas e identificar onde você pode estar falhando é um bom começo. A partir daí, é possível definir ações práticas para restaurar a confiança.


SOBRE A AUTORA

Sara Sabin é coach para líderes executivos e empreendedores, proprietária de empresas e fundou diversas startups ao longo dos anos. saiba mais