Férias sem imprevistos? Não viaje sem antes ler essas dicas

O seguro viagem e o seguro de transações são aliados indispensáveis para proteger tanto sua saúde quanto seu bolso

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Murilo Melo 5 minutos de leitura

O verão já está chegando e, com ele, o período mais aguardado por muitos: as férias de fim de ano. Seja para relaxar em uma praia, conhecer um destino ou descansar no campo, viajar é sempre uma oportunidade de escapar da rotina e aproveitar momentos inesquecíveis. Mas o problema é que uma viagem mal planejada pode trazer surpresas indesejadas.

Para garantir que a experiência seja sem imprevistos, contar com seguros específicos é o recomendado. E, com isso, o seguro viagem e o seguro de transações se tornam aliados indispensáveis para proteger tanto sua saúde quanto seu bolso. "Em qualquer viagem, principalmente para o exterior, há sempre riscos imprevistos, como problemas de saúde, extravio de bagagem ou até imprevistos com a hospedagem", afirma Mariana Delgado, consultora e guia de turismo.

o seguro viagem pode cobrir custos com tratamentos médicos e até remédios

Segundo Mariana, o seguro viagem oferece uma cobertura ampla, como assistência médica emergencial, cancelamento de voos e até repatriação, o que cria uma rede de segurança para o viajante. "Além disso, o seguro viagem pode cobrir custos com tratamentos médicos e até remédios, algo fundamental quando se está fora de casa e os custos de saúde podem ser elevados, principalmente em países com sistema privado de saúde".

MAIS CARO DO QUE A PASSAGEM

Apesar do alto risco de ter de arcar com uma conta alta, muita gente ainda prefere arriscar. A decisão de abrir mão dos seguros durante a viagem pode aumentar em muito as despesas da viagem.

Segundo levantamento feito pela Real Seguro Viagem, no caso de uma dos Estados Unidos, os desembolsos com cuidados médicos e medicamentos para quem não contratou a proteção, podem ser maiores do que a passagem aérea. Em novembro, o valor médio no site de pesquisa Skyscanner foi de R$ 2.139. Já uma consulta médica pode custar de US$ 300 a US$ 500, com variações segundo o profissional, a especialidade e a região.

Se for necessário fazer exames, o viajante pode se preparar para gastar, no caso dos mais básicos, entre US$ 100 e US$ 1.000. A empresa levantou ainda que o atendimento emergencial, no pronto-socorro, pode variar de US$ 500 a US$ 3.000. E torça para não precisar de ambulância, por a conta aumentaria em mais US$ 400, com a possibilidade de chegar a US$ 2.500.

Caso o problema de saúde exija internação hospitalar, o valor da diária varia de US$ 2.000 a US$ 10.000. As cirurgias, ainda segundo a Real Seguro Viagem, começam em US$ 5.000, podendo alcançar os US$ 100.000.

CIBERSEGURANÇA

Hoje, a digitalização dos pagamentos e o aumento das transações online tornam o seguro de transações uma escolha inteligente e cada vez mais necessária.

Ao fazer compras em viagens internacionais ou realizar transações online, as chances de fraudes aumentam, o que pode gerar prejuízos consideráveis. "Com o seguro de transações, feito pelo banco do viajante, você protege seus meios de pagamento contra fraudes, compras não autorizadas e até o roubo de cartões de crédito. Em viagens internacionais, quando os riscos podem ser maiores, essa proteção se torna ainda mais relevante", alerta.

A consultora ainda recomenda que o viajante fique atento ao uso de suas credenciais bancárias e sempre realize transações em sites e em estabelecimentos confiáveis, usando métodos de pagamento com maior segurança, como cartões de crédito virtual.

Outro ponto importante é o planejamento antecipado. Ao contratar esses seguros, a consultora diz que é possível resolver as questões burocráticas de maneira tranquila, sem perder um tempo precioso antes ou durante a viagem. O ideal é que tanto o seguro viagem quanto o seguro de transações sejam contratados com pelo menos uma semana de antecedência da viagem. Isso garante que o viajante esteja completamente coberto, sem pressa ou pressão para tomar decisões na véspera de seguir para algum destino.

Antes de colocar a mala na porta e partir para o destino dos sonhos, lembre-se de dar um passo extra para garantir que sua viagem de verão será tudo o que você espera, sem contratempos.

Veja outras dicas da especialista para ter uma viagem segura:

  • Cuide dos seus documentos

Mantenha cópias digitais e físicas de seus documentos, como passaporte, RG, bilhetes de viagem e reservas de hotel. Em caso de perda ou roubo, você terá acesso rápido a essas informações. Considere também registrar seus documentos em aplicativos ou sites de segurança, como o “Cartão de Emergência” ou plataformas bancárias, que armazenam esses dados de forma segura.

  • Use um cadeado nas malas e mochilas

Ao viajar, é importante garantir que suas malas e mochilas estejam protegidas. Invista em cadeados de qualidade para proteger suas roupas e pertences de tentativas de roubo, principalmente em transportes públicos ou em locais de alto fluxo de pessoas, como aeroportos e estações de trem.

  • Evite exibir objetos de valor

Mantenha joias, eletrônicos caros e grandes quantias de dinheiro fora da vista de outras pessoas, especialmente em áreas turísticas ou movimentadas. O simples ato de expor um celular de última geração pode atrair a atenção de criminosos. Sempre guarde seus itens valiosos em locais discretos e seguros, como bolsos internos ou cofres do hotel.

  • Esteja atento à segurança digital

Evite usar redes Wi-Fi públicas para realizar transações bancárias ou acessar dados pessoais sensíveis. Se precisar acessar a internet de locais públicos, considere o uso de uma rede privada virtual (VPN) para garantir a segurança de seus dados.

  • Adote precauções ao andar por áreas desconhecidas

Informe-se sobre as áreas do seu destino antes de explorá-las. Evite andar sozinho à noite, especialmente em regiões desconhecidas ou de maior risco. Só use transportes seguros e confiáveis, como táxis ou serviços de carona compartilhada com boas avaliações, para garantir que você não corra riscos desnecessários.


SOBRE O(A) AUTOR(A)

Murilo Melo é formado em jornalismo e letras. Foi repórter da Folha de S.Paulo, Estadão e InfoMoney. É louco por dinheiro. Escreve sob... saiba mais