Para quem duvidou do aspirador robô, vem aí o cortador de grama autônomo
Modelos apresentados na CES 2025 “conversam” com assistentes virtuais, desviam de brinquedos e pets e voltam para casa quando começa a chover
Céticos zombaram, em 2002, quando a Roomba apresentou o robô aspirador de pó. A piada não durou muito, já que o pequeno dispositivo redondo rapidamente se tornou um item comum em milhões de lares. Agora, a indústria de jardinagem aposta na mesma revolução.
Cortadores de grama robóticos não são exatamente uma novidade na CES, mas há um número crescente deles em exibição este ano. Os fabricantes esperam que a conveniência e o tempo livre eles que proporcionam sejam suficientes para atrair os consumidores deste tipo de equipamentos, muito comum nos EUA.
O desafio é parecido com aquele que os fabricantes dos robôs aspiradores enfrentaram. As pessoas aceitariam ter um robô em casa? Eles fariam um trabalho tão bom quanto os aparelhos tradicionais? A resposta, nesse caso, foi um retumbante sim, com o mercado avaliado em US$ 4,48 bilhões em 2021 e uma taxa de crescimento anual esperada de 23,4% até 2030.
Já as vendas de cortadores de grama robóticos devem atingir US$ 10,62 bilhões até 2032, com uma taxa de crescimento projetada de 12% ao ano, segundo a Grand View Research.
Na CES 2025, a Segway está liderando o movimento para tornar o equipamento um produto de uso comum. A empresa está exibindo a série Navimow X3, que pode cobrir até 10 mil metros quadrados de terreno.
“Com mais de 200 inovações robóticas... reduzimos o equivalente a mais de 1,13 toneladas de emissões de carbono até agora”, diz George Ren, CEO da Segway Navimow.
O Navimow X3 também interage com dispositivos domésticos inteligentes, como a Alexa, da Amazon, e o Google Home, permitindo que a pessoa manda o robô cortador começar a trabalhar enquanto vai pegar uma cerveja na geladeira. O preço não foi divulgado, mas os cortadores Navimow atuais custam a partir de US$ 999.
Alguns estandes à frente na CES, o Lymow One está em exibição, com lâminas de nível profissional, esteiras em vez de pneus (o que o ajuda a se deslocar em terrenos íngremes) e a capacidade de cortar cerca de mil metros quadrados por hora. Está programado para começar a ser distribuído em abril, ao custo de US$ 2.999.
Mais adiante, a Yarbo está apresentando sua solução completa para o jardim, que faz de tudo, desde cortar a grama até soprar folhas e remover neve, dependendo dos acessórios adquiridos (valor que pode passar de US$ 5 mil).
As lâminas desses dispositivos, geralmente pequenas e que giram rapidamente, ficam escondidas sob o corpo do equipamento, garantindo que, se alguém se aproximar do cortador, o risco de ferimento seja baixo. Além disso, se forem levantados, os cortadores se desligam automaticamente como medida de segurança.
Modelos baseados em câmeras identificam obstáculos (como brinquedos ou animais de estimação) e desviam deles. E é possível treinar o cortador para evitar certas áreas, garantindo que suas flores não sejam danificadas.
Se o aparelho detectar chuva ou água, ele retorna automaticamente à estação de carregamento. E os sistemas são silenciosos em comparação com cortadores manuais ou motorizados. A vizinhança agradece.