Começou hoje um dos maiores campeonatos de videogame do mundo

Crédito: Fast Company Brasil

Claudia Penteado 3 minutos de leitura

Direto de Reykjavík, capital da Islândia, começou nesta terça-feira (5/10) o “Worlds 2021” — maior e mais importante campeonato mundial do jogo ​​League of Legends (LoL). Mais de 800 jogadores profissionais de LoL competem em 12 ligas ao redor do mundo, durante todo o ano, para se classificarem para este torneio. 

A cada ano, uma sede é escolhida como palco das competições. Vale saber que a de 2021 seria a China, porém a Riot Games — empresa dona do jogo — precisou mudar os planos em razão das restrições sanitárias que o país impôs devido à pandemia de Covid-19.

De hoje até 6 de novembro, 22 times se enfrentarão em três fases: de entrada, de grupos e eliminatórias (quartas de final, semifinais e a grande final). Os dois países que mais têm times no torneio são China e Coreia do Sul — com quatro times cada. 

O Brasil marca presença com o clube Red Canids Kalunga — clube brasileiro de esportes eletrônicos (esports), que tem patrocínio master da Kalunga — e que já subiu ao palco na estreia com vitória. Os brasileiros jogaram contra o time Infinity, da Costa Rica, começaram perdendo, se recuperaram e levaram a melhor. Eles voltam ao confronto nesta quarta-feira (6/10) contra o time chinês LNG e o sul-coreano Hanwha Life. 

Os confrontos começaram às 8h da manhã no horário de Brasília e podem ser acompanhados ao vivo, com comentários em português, através dos canais do Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL): SiteYoutube e Twitch

(Crédito: Fast Company Brasil/ Folha PE)

MAS E O DINHEIRO?

Nem só de ego e troféu vive o jogador profissional de LL. Segundo a Riot Games, dona do jogo e organizadora do torneio, o time vencedor levará uma bonificação de US$ 489 mil (cerca de R$ 2.6 milhões). O segundo melhor time sai da Islândia com US$ 333 mil na conta, (R$ 1.7 milhão). Terceiro e quarto colocados ganham US$ 178 mil cada (R$ 950 mil), mas vale destacar que nenhum time sai de mãos abanando — os dois últimos colocados levam US$ 22 mil (R$ 117 mil) cada.

AS MARCAS POR TRÁS

Pelos valores dos prêmios, é possível perceber que os patrocinadores por trás do torneio não são empresas pequenas — e longe de serem apenas empresas de tecnologia. Durante as partidas, haverá inserções de marcas, como Mastercard, Mercedes, Bose, Red Bull e Secret Lab. Spotify e TikTok se juntaram à Riot Games para proporcionar experiências aos espectadores do torneio. 

O serviço de streaming de música, além de patrocinador, preparou uma experiência digital para os fãs de LoL e uma série de produtos exclusivos com a cobertura do torneio. O hino da edição 2021 foi criado pelo Spotify em parceria com a Riot Games e está disponível na plataforma, há uma playlist oficial de League of Legends e um podcast semanal com a cobertura das competições. Além disso, foi criado um site com uma experiência interessante sobre os bastidores do hino. Tudo pode ser encontrado em um hub que a plataforma criou sobre LoL. 

 

(Crédito: Reprodução – Spotify)

O TikTok, como patrocinador, criou uma hashtag oficial sobre o evento para agrupar o conteúdo e estimular seus usuários a postarem sobre o torneio mundial. E colocou, entre seus destaques do dia, na aba “Descobrir”, uma página específica com todo o conteúdo. E há a expectativa por um filtro, inspirado na personagem Syndra, que poderá ser usado na plataforma. A conferir.


No Brasil, o Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL) — responsável pela transmissão do torneio mundial em português e que funciona como a classificatória nacional para os times brasileiros — aconteceu neste ano com patrocinadores de peso: Dell Technologies, Gillette, Mastercard, Red Bull e KitKat. A marca de chocolates Nestlé já patrocina outros campeonatos pelo mundo, como o europeu, e aqui no Brasil lançou em setembro uma linha especial com cinco sabores novos, inspirados no universo do jogo.

(Crédito: Divulgação – Nestlé)

Quanto aos brasileiros, o Red Canids Kalunga, a cota principal fica com a rede de papelaria e eletrônicos que dá nome ao time, mas que também recebe aportes de grandes empresas de eletrônicos como Epson, Multilaser, Nokia, AOC, HyperX, e até da empresa brasileira de marketing olfativo FreeCô. E o tamanho das empresas patrocinadoras acompanha o tamanho dos gastos. Um dos assuntos recentes que movimentou fãs – e críticos – do time foi um gasto de R$ 70 mil para o time passar 10 dias em um bootcamp na Espanha, antes de embarcar para a disputa do mundial. 


SOBRE A AUTORA

Claudia Penteado é editora chefe da Fast Company Brasil. saiba mais