Accenture aponta 5 tendências que vão impactar os negócios em 2022
A Accenture Interactive aproveitou o SXSW para apresentar a 15ª edição do Fjord Trends, um estudo em profundidade, realizado pela consultoria, sobre as grandes tendências sociais e econômicas que deverão impactar o ambiente de negócios ao longo do ano.
Em 2022, a questão que perpassa as cinco tendências apontadas no relatório é a necessidade de responder às mudanças que estão ocorrendo nas diferentes áreas de relacionamento humano.
Segundo o diretor da pesquisa, Nick De La Mare, é hora de definirmos, tanto coletiva quanto individualmente, como construir relações positivas e, assim, criar o “novo tecido da vida” – um que seja bom para as pessoas, as empresas e para o planeta.
As cinco tendências mapeadas pela Accenture são:
1 . Seja você mesmo
O novo individualismo vem acompanhado de uma mentalidade mais voltada para o próximo, que se reflete na maior empatia entre colegas de trabalho e na mudança das aspirações dos consumidores. Há uma busca mais intensa por autonomia, no sentido de não estar preso a um emprego fixo, e de mais qualidade de vida. Há uma tensão no ar entre o desejo das pessoas de atender às próprias necessidades e a consciência da sua parcela de responsabilidade para garantir o bem-estar da comunidade. As empresas devem estar atentas a esses movimentos para poder responder ao seu potencial impacto sobre os negócios.
2. O fim da abundância
Escassez de matéria-prima e de mão-de-obra, problemas nas cadeias de suprimentos e até novas leis mais rígidas estão mostrando que disponibilidade, rapidez e conveniência não podem mais ser dadas como certas. A noção de abundância se transforma e, para aqueles que não se deram conta, nos mostra como será viver num mundo com menos oferta. Será necessária uma grande mudança envolvendo marketing, cadeia de suprimentos e atendimento ao consumidor, pois a escassez de materiais ou produtos deverá impactar a experiência de consumo, incluindo preços e prazos de entrega.
3. A próxima fronteira
Para De La Mare, as empresas devem olhar para o metaverso como um novo lugar e não apenas um novo canal de vendas. A postura, neste momento, deve ser de curiosidade permanente, para entender com as gerações mais novas estão lidando com este universo. Afinal, grandes mudanças culturais costumam se desencadear primeiro em alguns lugares (como a Renascença, em Florença). O local para a próxima é o metaverso, que vai mudar a forma como compramos, nos divertimos e nos relacionamos. Mas como nossos dados serão usados e armazenados? Como vamos proteger as crianças nesse universo virtual? Por enquanto, ainda há mais perguntas que respostas.
4. Relações transparentes
Em um mundo no qual a desinformação é crescente, cabe às marcas serem extremamente transparentes, oferecendo ao público camadas de informação para que possa conhecer e tirar dúvida sobre os produtos e serviços, tanto nos canais de vendas quanto fora. Evoluímos de uma era pré-digital, quando as empresas sabiam mais que os consumidores, para uma pós-digital, na qual se espera que eles interpretem as informações que recebem. Definir como dar as respostas que os clientes demandam será um grande desafio, mas quem conseguir ganhará confiança e competitividade.
5. Cuidado
A preocupação com a saúde – especialmente a mental – vem aumentando. Saúde e bem-estar não mais se restringem às empresas que atuam no segmento. Durante a pandemia, estivemos mais atentos às necessidades das pessoas que nos são próximas e que amamos. As empresas devem olhar para essas oportunidades de “cuidar” dentro de suas relações com os colaboradores e também com os consumidores. Isso será um fator de diferenciação e componente-chave para o sucesso no futuro.