John Maeda e a interdependência entre adversidade e resiliência

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Tecnólogo de longa trajetória em eventos como o SXSW, o Chief Technology Officer da Everbridge, John Maeda, trouxe desta vez seu estudo sobre resiliência e adversidade (já apresentado no Web Summit, em Lisboa, no ano passado). 

Explicando tratar-se de um exercício reflexivo, muito mais do que propriamente uma pesquisa estruturada, Maeda discorreu sobre a importância de ter consciência daquilo que se pode ou não controlar, reconhecendo riscos e procurando lidar com eles da melhor maneira possível – e o mais preventivamente possível, algo facilitado pela tecnologia e pela quantidade de dados cada vez mais disponível. 

“O uso original da palavra ‘resiliência’ remonta a 1.600 e significa ‘recuperar-se’. Mas, em séculos posteriores, a palavra assumiu um significado mais simbólico de ‘recuperar-se e transformar’”, comentou.

Ao estudar segurança, mudança e risco, Maeda chegou a algumas conclusões, como o fato de que, sem adversidade, não há resiliência. Na adversidade, há diversos comportamentos possíveis. O mais eficaz e construtivo costuma ser valer-se dela para transformar, e não combatê-la ou oferecer resistência.

EMPRESAS MAIS ADAPTÁVEIS COSTUMAM PERFORMAR MELHOR NAS ADVERSIDADES.

A mudança costuma ser a grande vilã, especialmente entre aqueles que não se sentem confortáveis com nada que não lhes seja familiar.

Capacidade de adaptação, uma mentalidade de iniciante e a consciência de que só se pode controlar aquilo que é possível, são atitudes resilientes e que facilitam navegar no mundo atual.

No mundo das empresas, a resiliência é um bom investimento. “Empresas duram menos hoje do que já duraram no passado. As mais adaptáveis costumam performar melhor nas adversidades”, diz.

Mas Maeda alerta que resiliência em excesso pode ser perigosa, pois torna as pessoas tolerantes demais a adversidades, o que pode colocar sua segurança em risco. “Um pouco de vulnerabilidade é sempre necessário”, apontou. 


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