iPhone mais caro em 2025? Apple cogita reajuste, sem culpar tarifas; entenda
A gigante da tecnologia avalia estratégias para compensar custos elevados com a produção, diz o Wall Street Journal

A Apple está avaliando um possível reajuste no preço da próxima linha de iPhones, prevista para ser lançada em setembro deste ano, informou o Wall Street Journal nesta segunda-feira (12).
De acordo com a publicação, a empresa busca alternativas para evitar vincular os aumentos às tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre importações da China, onde a maioria dos dispositivos é montada.
As ações da companhia registraram alta de 7% no pré-mercado, impulsionadas pelo otimismo do mercado após Washington e Pequim concordarem em reduzir temporariamente as tarifas recíprocas. No entanto, produtos importados da China ainda permanecem sujeitos a uma taxa de 30% nos Estados Unidos.
A Apple é uma das principais empresas impactadas pelas tensões comerciais entre os dois países, intensificadas nos últimos meses devido às tarifas aplicadas pelo governo norte-americano. O reajuste nos preços pode ser uma estratégia para amortecer os custos adicionais decorrentes dessas medidas, que afetaram as cadeias globais de suprimentos e forçaram a companhia a expandir a produção para a Índia.
No início deste mês, a Apple informou que as tarifas poderiam adicionar cerca de US$ 900 milhões em custos durante o trimestre de abril a junho. Além disso, a maioria dos iPhones comercializados nos Estados Unidos nesse período deve ser fabricada na Índia.
Atualmente, o modelo mais barato do iPhone 16 é vendido por US$ 799 no mercado norte-americano, mas projeções da Rosenblatt Securities apontam que o custo pode chegar a US$ 1.142 devido às tarifas, um aumento de até 43%.
Ainda segundo o WSJ, a Apple planeja alinhar os aumentos de preços com novos recursos e mudanças no design dos aparelhos, incluindo um modelo ultrafino, o que pode ajudar a justificar o reajuste junto aos consumidores.