7 sinais de que você está liderando um ambiente de trabalho tóxico

Especialista em gestão aponta alertas que muitas lideranças ignoram até ser tarde demais

Liderança pode ser o motivo de reuniões silenciosas
Economy recomenda equilíbrio em alguns casos. Foto: Freepik

Redação Fast Company 2 minutos de leitura

Se as pessoas pararam de opinar, os melhores funcionários estão saindo e os conflitos se resolveram ou sumiram do nada, talvez o problema seja você. O especialista em liderança e cultura organizacional, Peter Economy, explica que muitos líderes que criam um ambiente de trabalho tóxico não fazem isso de propósito, mas sempre são os últimos a perceber.

E para saber se você é a ponta da linha de um ambiente tóxico, o especialista destacou alguns sinais importantes de um ambiente de trabalho tóxico na revista norte-americana Inc. Magazine. Confira aqui sete deles:

1. Silêncio que diz muito

Um dos primeiros alertas de que algo vai mal é o silêncio nas reuniões. Quando os colaboradores deixam de trazer ideias, debater decisões ou apontar erros, pode ser sinal de medo. Medo de retaliação, de exposição, de desgaste. “Se ninguém desafia sua opinião, pode ser que sua equipe não se sinta segura para isso”, diz Economy.

2. Só chegam as bombas

Outro sintoma comum em ambientes tóxicos é quando os líderes só ficam sabendo dos problemas e nunca das vitórias. Isso acontece quando a cultura valoriza mais o erro do que o acerto, e o time entende que compartilhar boas notícias não vale a pena. Com isso, o clima vai pesando e o senso de pertencimento desaparece.

3. Talento não se prende

A rotatividade alta pode ter vários motivos, mas quando quem vai embora são sempre os melhores, é hora de investigar. Se as entrevistas de desligamento são protocolares e ninguém diz o real motivo da saída, pode ter certeza: o problema é mais profundo.

4. Regras flexíveis (para alguns)

Nada abala mais a confiança do time do que perceber que as regras não são para todos. Se há “intocáveis” na equipe, gente que sempre é poupada ou tem liberdade total, o recado para os demais é esse: esforço não importa, o que vale é o favoritismo. E isso mancha a cultura da empresa.

5. Tirar folga virou pecado

Ambientes tóxicos fazem normalmente com que as pessoas se sintam culpadas por cuidar de si mesmas. Funcionários que trabalham mesmo doentes, que respondem e-mails nas férias ou que pedem desculpas ao tirar um dia de folga estão em modo de sobrevivência.

5. Crescimento só no discurso

Líderes gostam de falar sobre desenvolvimento, mas o que conta são as ações. Quando o orçamento aperta, o treinamento é o primeiro a ser cortado? Quando há promoção, são sempre os mesmos escolhidos? E aquelas conversas sobre futuro profissional, estão sendo postas em prática? Se nada disso acontece, o time percebe e começa a buscar outras oportunidades.

6. Cadê os conflitos?

Um ambiente sem nenhum conflito pode parecer saudável, mas também pode ser sinal de medo e conformismo. Do outro lado, equipes que vivem brigando mostram que os problemas nunca são resolvidos de verdade. O ideal é o equilíbrio: espaço para o confronto saudável com escuta e respeito.

7. O problema pode ser você

Peter Economy lembra que ninguém acorda um dia e decide liderar um ambiente de trabalho tóxico. Mas isso não isenta a liderança de responsabilidade. O mais importante, segundo ele, é reconhecer os sinais e agir. Criar um ambiente saudável, onde as pessoas se sintam seguras, valorizadas e ouvidas, é uma construção diária e começa com o exemplo de quem está no topo.


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