IA generativa muda a lógica da experiência financeira
Quem vai ter a preferência do cliente será o serviço que estiver presente sem atrapalhar e que conseguir resolver problemas sem fricção

Na nova era da inteligência artificial, os serviços financeiros estão passando por uma revolução silenciosa não só nos bastidores, mas também na superfície onde tudo acontece: a vida do cliente.
Durante os últimos anos, a corrida no setor bancário era por funcionalidades, design e performance dos aplicativos. Hoje, no entanto, isso já é esperado e a disputa real se tornou mais sofisticada: quem consegue se integrar ao cotidiano do cliente, sem fricção e com contexto, vence. E essa integração não é passiva. Ela se antecipa, entende, resolve.
A nova corrida do ouro está em como as instituições financeiras conseguem entregar valor de forma fluida e invisível – onde, quando e como o cliente quiser.
Um banco que está no WhatsApp, no comando de voz, no checkout. Um parceiro que não se vê, mas é essencial. Ele não precisa mais abrir app. O ideal será nem precisar lembrar que ele existe.
O consumidor quer muito mais que um aplicativo, quer um assistente. Em uma pesquisa recente que a PicPay realizou durante o Web Summit, descobrimos que mais de 80% dos entrevistados disseram estar dispostos a deixar uma inteligência artificial cuidar de suas finanças, automatizar tarefas e personalizar recomendações.
Nesse cenário, a IA generativa não é apenas uma ferramenta de eficiência. Ela é o novo cérebro dos serviços financeiros e reconfigura toda a lógica de relacionamento com o cliente. Permite entender cada um em profundidade, adaptar respostas em tempo real e, principalmente, antecipar necessidades.
A nova corrida do ouro está em como as instituições financeiras conseguem entregar valor de forma fluida e invisível.
Transformamos nossa IA em um copiloto financeiro, capaz de pagar contas, organizar orçamentos e sugerir investimentos, enquanto o usuário foca no que realmente importa.
Quando falamos de experiência, não se trata só de UX (experiência do usuário) ou jornada de aplicativo. É a nova arena competitiva. Quem não entender que essa dinâmica deve ser pensada desde o core do negócio, ficará para trás.
A experiência é uma palavra muitas vezes banalizada e que deve voltar ao centro da estratégia. No fim das contas, quem vai ter a preferência não será o banco mais completo, mais bonito ou mais barato. Será aquele que estiver presente sem atrapalhar, automatizando sem perder o toque humano e resolvendo sem precisar ser lembrado. Porque o futuro das finanças é invisível.