Startup se propõe a melhorar tudo o que as pessoas odeiam em videoconferências

Ex-CEO da Evernote aposta em nova era das videoconferências com software que simula estúdio de TV

Créditos: Freepik/ Monti Timpanogus/ Unsplash

Steven Melendez 2 minutos de leitura

Em meio ao auge da pandemia, quando o home office virou regra e reuniões por vídeo se tornaram rotina, o ex-CEO da Evernote, Phil Libin, lançou uma ferramenta para tornar essas interações mais profissionais. Batizado de Mmhmm, o software ajudava a transformar apresentações caseiras em experiências com qualidade de estúdio.

Agora, quatro anos depois, a ideia não só sobreviveu à reabertura dos escritórios como ganhou novo nome, novos produtos e mais de US$ 140 milhões em investimentos.

A empresa, rebatizada como Airtime, acaba de lançar seu segundo produto, o Airtime Camera, que aprimora a imagem dos usuários em chamadas de vídeo.

A proposta é simples: tornar mais eficiente – e menos cansativa – a comunicação via plataformas como Zoom, Teams e Google Meet, ainda predominantes no dia a dia de muitos trabalhadores, estejam eles em casa, no escritório ou em esquema híbrido. “A ideia é criar ferramentas essenciais para quem passa muito tempo em videochamadas no trabalho”, resume Libin.

O produto original, renomeado como Airtime Creator, continua disponível e permite a gravação ou transmissão ao vivo de apresentações visuais, com recursos dignos de YouTube ou TV. Usuários podem aparecer na tela ao lado de slides, gráficos e imagens.

Professores e profissionais de vendas, por exemplo, usam o sistema para alternar entre trechos gravados e sessões de perguntas e respostas ao vivo – e até coordenam o figurino para manter a identidade visual. “Se alguém tiver uma pergunta, é possível interromper o vídeo, responder ao vivo e depois retomar de onde parou”, explica Libin.

A plataforma funciona como uma câmera virtual integrada a serviços populares de videoconferência e permite o uso de modelos visuais padronizados entre equipes, criando uma estética unificada, parecida com as de assinaturas de e-mail corporativas.

Crédito: Andrey Popov/ iStock

Outras funcionalidades estão em desenvolvi- mento. Entre as ideias, estão facilitar o compartilhamento de tela, otimizar o agendamento de reuniões e até ferramentas para revisar conteúdo perdido sem depender de resumos genéricos gerados por IA ou precisar assistir a gravações completas.

O Airtime Creator é oferecido via assinatura mensal de US$ 10, com um teste gratuito de duas semanas. Já o Airtime Camera pode ser usado gratuitamente até 1º de agosto; depois, estará disponível para compra única por US$ 20.

Segundo Libin, a filosofia da empresa é seguir lançando softwares simples, estáveis e intuitivos. “Vamos disponibilizar as ferramentas à medida que chegarmos a versões que consideramos indispensáveis”, conclui.


SOBRE O AUTOR

Steven Melendez é jornalista independente e vive em Nova Orleans. saiba mais