Vou perder meu emprego para a IA? CEO da Nvidia responde
Entenda o que realmente coloca seu emprego em risco e que pode fazer toda a diferença

O uso da Inteligência Artificial (IA) no dia a dia avança rapidamente. Ferramentas como assistentes virtuais, tradutores automáticos e geradores de conteúdo já fazem parte da rotina de milhões de pessoas.
No entanto, com esse avanço, cresce também o temor de que a tecnologia substitua empregos. Apesar da preocupação ser comum, especialistas alertam que o verdadeiro risco pode estar em outro ponto, a falta de domínio da própria IA.
Apesar disso, o CEO e cofundador da Nvidia, Jensen Huang, afirmou que as pessoas não devem temer perder seus empregos diretamente para robôs. No entanto, devem se preocupar com profissionais que souberem usar IA melhor do que elas. A declaração foi feita durante a Conferência Global 2025 do Milken Institute, realizada em 6 de maio.
Todos serão afetados
Segundo ele, todos os empregos serão impactados de forma imediata. Embora ainda não existam vagas no mercado que possam ser totalmente assumidas por sistemas autônomos, cerca de dois terços das funções listadas na plataforma Indeed já incluem tarefas que a IA executa de maneira eficiente.
Jensen Huang destacou que profissionais que dominam essa tecnologia se tornam mais valiosos no mercado. Atualmente, estima-se que apenas 30 milhões de pessoas no mundo saibam programar e utilizar IA com alto nível de eficiência.
Para Huang, esse grupo detém um diferencial competitivo importante, já que a maior parte da população ainda desconhece como usar essas ferramentas.
Grandes empresas já estão se adaptando
Empresas como Shopify, Duolingo e Fiverr já estão adaptando suas rotinas. Algumas incentivam, outras exigem que os colaboradores utilizem ferramentas de IA para otimizar tarefas. Na Shopify, por exemplo, gestores precisam recorrer a esse tipo de tecnologia antes de solicitar aumento de equipe.
Apesar do receio com a automação, Huang acredita que a IA criará novas oportunidades, especialmente nas áreas de engenharia de software e programação.
Segundo ele, o que antes era feito por humanos, com softwares codificados manualmente em CPUs, agora é realizado por sistemas de aprendizado de máquina em GPUs. Isso abre espaço para o surgimento de novos postos de trabalho em todas as camadas da cadeia tecnológica.
Huang também compartilhou seu próprio uso de ferramentas como ChatGPT e Gemini, do Google, para tornar sua rotina mais produtiva. Ele ressaltou que, mesmo quem não tem conhecimentos técnicos, pode aprender com apoio da IA.
Basta descrever o que deseja programar e a ferramenta fornece as instruções. Até mesmo desenhos podem ser interpretados e transformados em código.
O CEO ainda reforçou o impacto positivo da IA na economia. Para ele, a tecnologia pode ser um dos principais motores de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global.
A recomendação é não ignorar a IA, mas sim aproveitá-la. Jensen Huang reforçou que, no futuro, o diferencial dos profissionais estará no domínio dessas novas ferramentas.