5 dicas para abandonar a síndrome do impostor, segundo quem já superou
Sentir-se uma fraude, mesmo sendo competente, é mais comum do que parece e há caminhos para lidar com isso
“Eu não tenho ideia do que estou fazendo” ou “logo vão perceber que não sou tão bom assim”. Essas frases internas, embora silenciosas, são comuns a muitas pessoas altamente capazes. Elas descrevem a chamada síndrome do impostor, uma crença persistente de que o próprio sucesso é fruto de sorte ou engano, não de mérito pessoal.
Presente em todos os níveis profissionais, esse sentimento pode afetar desde um cientista que duvida do próprio método, até uma executiva que questiona se merecia ocupar o cargo. Para muitos, o sucesso parece sempre maior do que a própria capacidade.
Mas como se livrar desse ciclo de autossabotagem? Quem já enfrentou (e superou) a síndrome do impostor, compartilha estratégias que podem ajudar. Dicas foram publicadas no Estadão.
1. Reconheça o padrão de pensamento
O primeiro passo é perceber quando esses pensamentos surgem e nomeá-los. Só assim é possível questioná-los com mais racionalidade. Como aponta a psicóloga Jill Stoddard, identificar o momento em que você se sente uma fraude já é um grande avanço.
2. Entenda de onde isso vem
Muitas dessas inseguranças têm raízes na infância. Durante muito tempo, a educação de crianças priorizou a correção de erros em vez de valorizar os acertos. Esse tipo de formação tende a deixar marcas duradouras na autoestima.
3. Saiba que você não está sozinho(a)
A síndrome do impostor é um fenômeno comum, inclusive entre pessoas bem-sucedidas. O termo foi cunhado em 1978 pelas psicólogas Pauline Clance e Suzanne Imes, que observaram como essa sensação era ainda mais frequente entre mulheres, afetadas por exigências sociais e profissionais mais duras.
4. Aprenda a celebrar conquistas
Muitas vezes, quem sofre com a síndrome do impostor ignora suas vitórias. Anotar realizações e receber elogios sem minimizar os méritos são formas de reequilibrar a percepção sobre si mesmo.
5. Busque apoio ou terapia
Conversar com colegas, mentores ou profissionais de saúde mental pode ajudar a ressignificar esses pensamentos e a construir uma autoconfiança mais sólida. Validar as próprias competências é um exercício contínuo e possível para superar a síndrome do impostor.
