Ter amigos no trabalho torna os funcionários 7 vezes mais engajados; entenda como
Empresas que incentivam vínculos entre colegas têm mais produtividade, menos afastamentos por saúde mental e resultados melhores
Um estudo científico apontou que funcionários com amigos no trabalho são até sete vezes mais engajados. Além disso, a mesma pesquisa mostrou que um em cada cinco trabalhadores se sente sozinho na rotina profissional, o que pode afetar diretamente o desempenho das equipes e os índices de adoecimento mental.
O tema ganhou destaque no South by Southwest (SXSW) 2025, em Austin, nos Estados Unidos, onde especialistas apresentaram dados que reforçam o impacto positivo dos vínculos sociais dentro das organizações. A pesquisadora Kasley Killam defendeu que, além da saúde física e mental, é preciso olhar para a chamada “saúde social”, ou seja, a qualidade das relações humanas no ambiente de trabalho.
No Brasil, o debate também é urgente. Em 2024, o país registrou 472 mil afastamentos por transtornos mentais, o maior número da década. O crescimento foi de 67% em relação ao ano anterior. E o prejuízo com perda de produtividade já soma quase R$ 3 trilhões ao ano, segundo estimativas do setor.
Para tentar mudar esse cenário, entrou em vigor no dia 26 de maio de 2025 uma nova regra que obriga as empresas a identificarem riscos psicossociais e adotarem medidas para preservar a saúde mental dos trabalhadores. Na prática, isso significa que promover relações mais saudáveis entre colegas de equipe passa a ser, também, uma exigência legal.
Laços reduzem estresse e melhoram resultados
De acordo com especialistas, o trabalho pode ser um espaço de realização ou de sofrimento, e as relações fazem toda a diferença. A lógica vale para qualquer modelo: presencial, híbrido ou remoto. Não basta estar junto fisicamente, é preciso criar propósito e promover a convivência real. Sem isso, equipes não fazem amigos, tendem a se isolar, produzir menos e vivenciar mais conflitos.
