O poder das parcerias: terceiro setor como braço social das empresas

Quando empresas e organizações sociais somam competências, recursos e propósitos, elas ajudam a reduzir desigualdades

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Silvia Castro 2 minutos de leitura

Nos últimos anos, o ESG deixou de ser um diferencial e passou a ser uma exigência do mercado. No eixo social, o terceiro setor – formado por organizações da sociedade civil, fundações e associações sem fins lucrativos – se consolida como um braço estratégico para o impacto social corporativo.

Ao unirem forças com entidades do terceiro setor, as empresas ganham credibilidade e eficiência na execução de projetos sociais, ao mesmo tempo em que contribuem para o fortalecimento de iniciativas locais. Essas parcerias permitem atingir comunidades de forma mais profunda e transformadora, com diagnósticos reais das necessidades e soluções permanentes.

O que se constrói é um novo modelo de atuação: empresas que não apenas operam com responsabilidade, mas que existem com propósito. Isso só é possível quando se compreende que o terceiro setor não é um apoio eventual, mas um aliado essencial para transformar boas intenções em ações concretas e duradouras.

Trago como exemplo a parceria inédita da Cruz Vermelha Brasileira Afiliada Minas Gerais com o Expominas, um dos maiores espaços para eventos da América Latina.

Localizados no mesmo bairro em Belo Horizonte, decidiram se unir para impactar um outro vizinho: a APAC Feminina, organização civil que propõe uma metodologia inovadora e humanizada para a execução penal, com foco na recuperação e reintegração social dos sentenciados. 

Por meio da ação Ponto de Partida, as recuperandas estão confeccionando mantas para serem doadas à recém-nascidos em vulnerabilidade social. Os tecidos são de uniformes que estavam em desuso pela instituição, mas em perfeitas condições para ganharem uma nova utilidade, passando pela triagem, higienização e adaptação.

logotipo da Apac BH

Além do impacto ambiental pela logística reversa, a iniciativa proporciona inclusão social e protagonismo feminino na ressocialização de centenas de mulheres privadas de liberdade. É o ponto de partida para todos os envolvidos, de quem faz a quem recebe.

O Expominas, como apoiador oficial da ação, se torna não apenas mais atuante no território onde está situado, mas reconhecido pelo envolvimento com causas humanitárias.

O terceiro setor se consolida como um braço estratégico para o impacto social corporativo.

A Cruz Vermelha em Minas reforça seu trabalho como agente humanitário, usando de toda a sua expertise para atender quem mais precisa, da forma mais assertiva. Mas o maior beneficiário é a sociedade.

Quando empresas e organizações sociais somam competências, recursos e propósitos, elas também ajudam a reduzir desigualdades, fortalecem comunidades e criam soluções que realmente atendem às necessidades locais.

O resultado é uma rede colaborativa em que todos avançam – empresas mais conscientes, organizações mais estruturadas e uma sociedade mais justa, resiliente e preparada para os desafios do futuro.

Mais informações no site da Cruz Vermelha Brasileira.


SOBRE A AUTORA

Sílvia Castro é gerente de comunicação da afiliada Minas Gerais da Cruz Vermelha Brasileira. saiba mais