HackTown 2025 amplia atuação com trilha inédita voltada à educação
Nona edição do evento acontece de 31 de julho a 3 de agosto em Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais. Evento tem painéis sobre ancestralidade, IA e futuros possíveis
Entre os dias 31 de julho e 3 de agosto, Santa Rita do Sapucaí volta a ser ocupada por milhares de pessoas interessadas em inovação, criatividade e transformação social. Na 9ª edição do HackTown, o maior festival independente de inovação da América Latina, a principal novidade é a estreia de uma trilha dedicada exclusivamente à educação.
Batizado de HackEdu, o novo festival nasce dentro da programação principal com a proposta de repensar, na prática, como ensinamos e aprendemos em tempos de mudanças aceleradas.
A iniciativa é fruto da parceria entre o HackTown e o movimento global Teach the Future Brasil (TTF), referência internacional em alfabetização de pensamento de futuros.
O HackEdu se apresenta como um laboratório vivo de experimentação, reunindo educadores, estudantes, pesquisadores, especialistas e jovens para cocriar soluções concretas para os desafios educacionais do século 21.
Inspirado pelo modelo do festival South by Southwest (SXSW), que acontece em Austin, no Texas, o HackTown ocupa praças, cafés, escolas, bares e até casas de moradores com uma programação diversa. Em 2025, o evento deve reunir mais de 30 mil pessoas e conta com o apoio de empresas como Google, AWS, Nvidia e Oracle.
“O HackTown funciona como um espaço onde encontros improváveis se tornam naturais. É nesse ambiente que surgem conversas entre um cientista e um músico, um investidor e um estudante curioso”, diz o cofundador João Rubens.
HACKTOWN 2025: DE ANCESTRALIDADE ATÉ O FUTURO
Com mais de mil palestras confirmadas e cerca de 500 empresas participantes, a edição deste ano reforça a proposta de ampliar o repertório da inovação a partir de um mapeamento que atravessa o Brasil e a América Latina.
A curadoria do festival percorreu regiões urbanas e periféricas do Norte e Nordeste, além de cidades como Medellín (Colômbia), Havana (Cuba) e Cuzco (Peru), combinando essas referências com conversas em centros de excelência como Harvard e MIT, e hubs como Xangai, Aarhus e Hong Kong.
Entre os temas desta edição estão inteligência artificial generativa, ancestralidade e espiritualidade, deepfakes, fake news, políticas públicas, mobilidade e saúde mental. A ideia é cruzar tecnologia com questões como mudanças climáticas, energia sustentável e futuro do trabalho, de forma provocadora e acessível.
Entre os palestrantes confirmados estão Nathalia Arcuri (Me Poupe!), Neil Redding (Redding Futures), Marina Landherr (TikTok Brasil), Anderson Marcelo (Delivery das Favelas), Maíra Blasi (Subversiva), Monge Enjo (Templo Taikanji) e Felipe Almeida (Disney), entre outros.
HACKEDU: A EDUCAÇÃO VIVA
Já o HackEdu terá oito trilhas temáticas que abordam temas como pensamentos de futuro, metodologias ativas, educação futurista e juventudes protagonistas. De acordo com Eduardo Sá, diretor de comunicação da TTF Brasil, o evento tem como objetivo discutir e se aprofundar nas oportunidades da educação em 2025.
“Falar sobre inovação na educação em 2025 é aceitar o desafio de reconstruir não apenas o que se ensina mas como, por que e para quem se ensina, especialmente quando quem aprende já não aceita mais ser apenas espectador. As novas gerações não querem apenas consumir o futuro, elas querem criá-lo,” afirma.
a proposta é ampliar o repertório da inovação a partir de mapeamento que atravessa Brasil e América Latina.
Segundo ele, isso passa por abandonar a lógica da competição e do conteúdo fragmentado, em favor de experiências interdisciplinares, sensoriais e regenerativas, onde corpo, emoção, natureza e tecnologia aprendem juntos.
“Inovar é cultivar capacidades antecipatórias, como a habilidade de lidar com a incerteza, cocriar soluções e agir com consciência diante das transformações sociais e ambientais”, afirma.
Em 2024, o HackTown reuniu mais de 1,4 mil atividades, 1.115 palestrantes e somou cerca de R$ 370 milhões em negócios gerados para Santa Rita do Sapucaí. A expectativa para 2025 é superar esses números.
