O que Bill Gates pensa sobre parar o avanço da Inteligência Artificial
O fundador da Microsoft afirma que a Inteligência Artificial tem potencial para transformar a sociedade, mas alerta para os riscos

Bill Gates compartilhou reflexões sobre sua trajetória e o impacto da Inteligência Artificial (IA) no mundo atual durante a participação no programa de Léa Salamé, na rádio France Inter. A conversa coincidiu com o lançamento de seu livro de memórias “Código-fonte. Meus começos”, publicado pela editora Flammarion.
Aos 69 anos, Gates relembra como, ainda aos 20, já imaginava que um dia os computadores seriam capazes de interpretar linguagem, reconhecer imagens e realizar tarefas humanas. "Hoje, estamos alcançando esses objetivos, o que é extraordinário", afirmou.
IA como aliada da educação e da medicina
Para o fundador da Microsoft, a IA pode ser usada para fornecer tutores personalizados e acelerar a pesquisa médica. "Ela aumenta a produtividade e nos dará mais tempo livre", explicou ao público da rádio.
Apesar disso, ele também levanta uma questão: como a sociedade vai lidar com esse tempo extra?
Avanço empolgante, mas com cautela
Gates admite estar entusiasmado com as possibilidades da IA, mas reconhece a necessidade de vigilância. “É empolgante pensar no que ela pode fazer, mas também precisamos ter um pouco de medo. Será que essas mudanças serão para melhor?”.
Ele também comparou o avanço da Inteligência Artificial ao das redes sociais, que, segundo ele, foram subestimadas em termos de impacto. Por isso, defende que essa nova onda tecnológica seja acompanhada com responsabilidade e limites claros. "Fomos um pouco ingênuos com as redes. Precisamos fazer melhor desta vez", afirmou Bill Gates.