5 verdades difíceis que pessoas com alta inteligência emocional aprendem cedo

Confira como aprender a lidar com emoções difíceis pode mudar sua vida

Estátua de mulher deitada lendo
A alternativa é buscar soluções e estratégias práticas. Escrever, fazer uma lista de ações ou conversar com foco construtivo. Créditos:Pixabay.

Guynever Maropo 2 minutos de leitura

A capacidade de reconhecer, compreender e administrar os próprios sentimentos está ligada a inteligência emocional.

Pessoas com esse perfil aprendem, ainda na juventude, a enfrentar algumas verdades difíceis que contribuem para decisões mais conscientes, vínculos interpessoais saudáveis e maior força mental.

Amy Morin, psicoterapeuta, assistente social clínica e instrutora na Northeastern University, é autora do best-seller 13 Coisas que Pessoas Mentalmente Fortes Não Fazem e apresenta o podcast Mentally Stronger, onde compartilha reflexões sobre equilíbrio emocional.

Segundo Amy, muitos adultos cresceram com ideias distorcidas sobre sentimentos, transmitidas por pais, professores ou cuidadores bem-intencionados. “Felizmente, nunca é tarde para mudar essas crenças”, destaca. 

Em um dos episódios mais recentes do podcast, ela pontua 5 aprendizados que pessoas emocionalmente inteligentes compreendem desde cedo:

1. As emoções não controlam a pessoa — ela controla as emoções

Sentimentos como raiva, tristeza ou ansiedade não são necessariamente negativos. Eles podem ajudar a agir com coragem ou processar perdas, por exemplo. O que diferencia é a forma como cada pessoa reage.

A recomendação é praticar habilidades que ajudam a regular emoções. Caminhar, buscar companhia de amigos ou realizar uma atividade prazerosa pode ser útil quando os sentimentos não contribuem para a ação naquele momento.

2. Regular emoções não é o mesmo que anulá-las

Regulação emocional envolve reconhecer e administrar emoções, não ignorá-las. O objetivo é ajustar a intensidade para níveis funcionais.

Se a ansiedade impede uma conversa ou a raiva ameaça provocar arrependimentos, o ideal é fazer uma pausa e decidir conscientemente como agir. A escuta interna e o raciocínio intencional ajudam a manter o controle emocional.

3. Ninguém “faz” alguém sentir algo

A responsabilidade pelas emoções é individual. As reações emocionais derivam da forma como a pessoa interpreta uma situação, e não necessariamente das ações dos outros.

Mudar a linguagem é uma forma prática de reforçar essa autorresponsabilidade. Em vez de dizer “você me deixa bravo”, o mais assertivo é dizer “estou com raiva do que você fez”. Essa abordagem fortalece o controle emocional e reduz conflitos.

4. Desabafar nem sempre ajuda — pode agravar o problema

Apesar da crença comum de que desabafar alivia tensões, estudos mostram que isso pode intensificar emoções negativas. Focar apenas nas reclamações tende a manter a pessoa presa ao problema.

A alternativa é buscar soluções e estratégias práticas. Escrever, fazer uma lista de ações ou conversar com foco construtivo é mais eficaz do que simplesmente expressar frustrações.

5. A pessoa é mais forte do que seus sentimentos desconfortáveis

Evitar emoções difíceis muitas vezes gera mais sofrimento do que enfrentá-las. Pessoas emocionalmente inteligentes aceitam o desconforto como parte do crescimento.

Ao se permitir sentir tristeza, medo ou ansiedade, o indivíduo desenvolve tolerância emocional. “Sentimentos são como ondas — elas atingem o pico e depois diminuem”, explica Amy. 

Essa prática constante fortalece a autoconfiança e expande a inteligência emocional.

Você pode gostar também:


SOBRE A AUTORA

Jornalista, pós-graduando em Marketing Digital, com experiência em jornalismo digital e impresso, além de produção e captação de conte... saiba mais