5 verdades difíceis que pessoas com alta inteligência emocional aprendem cedo
Confira como aprender a lidar com emoções difíceis pode mudar sua vida

A capacidade de reconhecer, compreender e administrar os próprios sentimentos está ligada a inteligência emocional.
Pessoas com esse perfil aprendem, ainda na juventude, a enfrentar algumas verdades difíceis que contribuem para decisões mais conscientes, vínculos interpessoais saudáveis e maior força mental.
Amy Morin, psicoterapeuta, assistente social clínica e instrutora na Northeastern University, é autora do best-seller 13 Coisas que Pessoas Mentalmente Fortes Não Fazem e apresenta o podcast Mentally Stronger, onde compartilha reflexões sobre equilíbrio emocional.
Segundo Amy, muitos adultos cresceram com ideias distorcidas sobre sentimentos, transmitidas por pais, professores ou cuidadores bem-intencionados. “Felizmente, nunca é tarde para mudar essas crenças”, destaca.
Em um dos episódios mais recentes do podcast, ela pontua 5 aprendizados que pessoas emocionalmente inteligentes compreendem desde cedo:
1. As emoções não controlam a pessoa — ela controla as emoções
Sentimentos como raiva, tristeza ou ansiedade não são necessariamente negativos. Eles podem ajudar a agir com coragem ou processar perdas, por exemplo. O que diferencia é a forma como cada pessoa reage.
A recomendação é praticar habilidades que ajudam a regular emoções. Caminhar, buscar companhia de amigos ou realizar uma atividade prazerosa pode ser útil quando os sentimentos não contribuem para a ação naquele momento.
2. Regular emoções não é o mesmo que anulá-las
Regulação emocional envolve reconhecer e administrar emoções, não ignorá-las. O objetivo é ajustar a intensidade para níveis funcionais.
Se a ansiedade impede uma conversa ou a raiva ameaça provocar arrependimentos, o ideal é fazer uma pausa e decidir conscientemente como agir. A escuta interna e o raciocínio intencional ajudam a manter o controle emocional.
3. Ninguém “faz” alguém sentir algo
A responsabilidade pelas emoções é individual. As reações emocionais derivam da forma como a pessoa interpreta uma situação, e não necessariamente das ações dos outros.
Mudar a linguagem é uma forma prática de reforçar essa autorresponsabilidade. Em vez de dizer “você me deixa bravo”, o mais assertivo é dizer “estou com raiva do que você fez”. Essa abordagem fortalece o controle emocional e reduz conflitos.
4. Desabafar nem sempre ajuda — pode agravar o problema
Apesar da crença comum de que desabafar alivia tensões, estudos mostram que isso pode intensificar emoções negativas. Focar apenas nas reclamações tende a manter a pessoa presa ao problema.
A alternativa é buscar soluções e estratégias práticas. Escrever, fazer uma lista de ações ou conversar com foco construtivo é mais eficaz do que simplesmente expressar frustrações.
5. A pessoa é mais forte do que seus sentimentos desconfortáveis
Evitar emoções difíceis muitas vezes gera mais sofrimento do que enfrentá-las. Pessoas emocionalmente inteligentes aceitam o desconforto como parte do crescimento.
Ao se permitir sentir tristeza, medo ou ansiedade, o indivíduo desenvolve tolerância emocional. “Sentimentos são como ondas — elas atingem o pico e depois diminuem”, explica Amy.
Essa prática constante fortalece a autoconfiança e expande a inteligência emocional.