Como a China pretende levar robôs para milhões de lares — e já abriu a primeira megaloja
Nova loja em Pequim une comércio, inovação e competições para impulsionar a robótica no país

Um robô realista recebe visitantes na nova Robot Mall, inaugurada em Pequim. O espaço comercializa desde mordomos mecânicos até réplicas humanoides de Albert Einstein.
Mais de 100 tipos de produtos estão disponíveis. A loja é uma das primeiras da China a vender robôs humanoides voltados ao consumidor final.
O local funciona como uma concessionária, oferecendo vendas, peças de reposição e serviços de manutenção.
O governo chinês investe fortemente em robótica e Inteligência Artificial para enfrentar a desaceleração econômica e o envelhecimento populacional.
Segundo a BBC, os preços variam de 2.000 yuans (US$ 278, ou seja, R$ 1.500) a vários milhões de yuans (valores que podem ultrapassar R$ 3 milhões). Entre os modelos, há cães robóticos, jogadores de xadrez e assistentes domésticos.
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Uma área específica oferece peças de reposição e suporte técnico. Ao lado da loja, um restaurante temático serve refeições preparadas e entregues por robôs.
No último ano, os subsídios à robótica ultrapassaram US$ 20 bilhões (R$ 108 bilhões). Um fundo de 1 trilhão de yuans (R$ 750 bilhões) está em planejamento para apoiar startups do setor.
Eventos e competições internacionais
A inauguração coincidiu com o início da Conferência Mundial de Robôs, que reúne mais de 1.500 expositores de mais de 200 empresas.
De 14 a 17 de agosto, Pequim sediará os primeiros Jogos Mundiais de Robôs Humanoides, com equipes de mais de 20 países competindo em atletismo, dança e futebol.
O evento reforça o posicionamento da China como líder global em robótica, com investimento contínuo em inovação e infraestrutura.
Um robô realista simboliza a aposta do país em levar a tecnologia a lares, indústrias e espaços de entretenimento.