Quando o cansaço no trabalho vira burnout: entenda os sinais

Reconhecimento oficial da síndrome pela OMS reforça a urgência em prevenir e tratar o esgotamento profissional

Pedestres atravessando rua
O apoio, a compreensão e a flexibilização das condições de trabalho são essenciais para o tratamento. Créditos: Pixabay.

Guynever Maropo 1 minutos de leitura

O burnout, também chamado de síndrome do esgotamento profissional, é um distanciamento físico e emocional que vai além do cansaço comum. A condição está ligada a profissões de alto estresse e envolvimento emocional, como jornalistas, policiais e médicos, mas pode atingir qualquer pessoa.

O Sistema Integrado de Saúde do Senado Federal aponta que a palavra burnout vem do inglês e significa exaustão. Não existe um padrão para o surgimento da síndrome, já que cada indivíduo apresenta limites e tolerâncias diferentes antes de chegar ao quadro, no qual a energia psíquica é completamente drenada.

Após a identificação do problema, recomenda-se o afastamento temporário do profissional e o início da psicoterapia. Colegas e empregadores devem colaborar para identificar os fatores de risco, como carga de trabalho excessiva ou falta de reconhecimento.

Leia também: É hora de as empresas repensarem como vencer a crise de burnout.

O Ministério da Saúde alerta que sinais como estresse constante e dificuldade para sair da cama podem indicar o início do burnout. 

Sintomas do burnout

  • Cansaço excessivo, físico e mental
  • Dor de cabeça frequente
  • Alterações no apetite
  • Insônia
  • Dificuldade de concentração
  • Sentimentos de fracasso e insegurança
  • Negatividade constante
  • Sensação de derrota e desesperança
  • Sentimento de incompetência
  • Alterações de humor
  • Isolamento
  • Fadiga
  • Pressão alta
  • Dores musculares
  • Problemas gastrointestinais
  • Alteração nos batimentos cardíacos

Pesquisa da International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR) revelou que o país é o segundo mais afetado pelo esgotamento profissional no mundo. A Organização Mundial da Saúde indica que o Brasil possui a maior taxa global de ansiedade e ocupa o quinto lugar em casos de depressão, condições relacionadas ao burnout.

O apoio, a compreensão e a flexibilização das condições de trabalho são essenciais para o tratamento. Em janeiro, a OMS passou a reconhecer oficialmente o burnout como um fenômeno ocupacional.

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SOBRE A AUTORA

Jornalista, pós-graduando em Marketing Digital, com experiência em jornalismo digital e impresso, além de produção e captação de conte... saiba mais