Banco Central anuncia novidades com PIX em Garantia
Banco Central aposta em novas funções para ampliar o uso do Pix; entenda

O Banco Central trabalha no desenvolvimento do Pix em Garantia, ferramenta que permitirá a trabalhadores autônomos e empreendedores do setor privado oferecer recebíveis futuros como garantia para empréstimos.
Segundo o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, a novidade se assemelha ao crédito consignado, mas voltado para quem busca o empreendedorismo e não trabalha com carteira assinada.
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Como funcionará o PIX em Garantia
Previsto para 2026, o sistema permitirá que microempreendedores e autônomos ofereçam como garantia transferências futuras a serem recebidas via esse formato. Os valores ficarão vinculados ao empréstimo e serão debitados automaticamente na data combinada.
A proposta busca reduzir os juros cobrados, de forma semelhante ao uso do FGTS como garantia por trabalhadores formais.
“Através da chave Pix, o banco consegue ter uma percepção da receita mensal e usar esse fluxo como colateral para liberar crédito”, explicou Galípolo.
Novidades na agenda evolutiva do Pix
Entre as implementações recentes do Banco Central, estão:
- Pix Agendado Recorrente (outubro de 2023), para pagamentos mensais automáticos.
- Pix por aproximação (fevereiro), que permite pagar aproximando o celular da máquina.
- Pix Automático (junho), para contas recorrentes como energia e mensalidades.
O BC também desenvolve o Pix internacional, já disponível de forma limitada na Argentina, Estados Unidos e Portugal, e o Pix Parcelado, previsto para setembro, voltado a consumidores sem cartão de crédito.
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Investigação norte-americana
O Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR) abriu processo sobre possíveis práticas desleais em serviços de pagamento eletrônico. Embora o documento não cite nominalmente o sistema, o Pix é o único operado pelo governo brasileiro nessa categoria.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil não pode “nem sonhar” em privatizar o Pix e que qualquer alteração significaria ceder a “pressões internacionais” contra a tecnologia nacional.