DTV+: quando Lula assinará o decreto da TV 3.0? Veja detalhes
A nova geração da televisão aberta promete mais interatividade; entenda

O governo Lula adiou a assinatura do decreto da TV 3.0, prevista para a manhã desta terça-feira (19), e remarcou o evento para o dia 27 de agosto. A justificativa oficial foi a coincidência de data com o Set Expo, maior feira de mídia e entretenimento do país.
O adiamento levantou suspeitas de divergências internas, já que havia planejamento para transmissão simultânea do ato. O tema é alvo de disputas desde o governo anterior, com pressões entre modelos americano, europeu e japonês.
O que é a TV 3.0?
O Brasil prepara a adoção da TV 3.0, prevista para começar em 2026. A tecnologia integra a TV aberta com a internet e promete oferecer mais interatividade e qualidade ao público. O sistema deve transformar a experiência de assistir televisão no país.
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Entre as novidades estão imagem em 4K com HDR, áudio imersivo e maior personalização de conteúdo. O telespectador poderá rever trechos de programas, acessar informações extras e até realizar compras diretamente pela tela.
A TV 3.0 permitirá ainda múltiplos ângulos de câmera em eventos, enquetes em tempo real e sincronismo com plataformas de streaming. O modelo terá sinal aberto e gratuito, mas exigirá adaptadores compatíveis, estimados em torno de R$ 400.
A implementação será escalonada, começando pelas capitais. O processo de transição deve durar de 10 a 15 anos, com convivência entre os sistemas atual e novo. Os primeiros testes já ocorrem no Rio de Janeiro.
O governo prevê R$ 2 bilhões em investimentos até 2026. A meta é consolidar a tecnologia a tempo da Copa do Mundo da FIFA, quando as primeiras transmissões em larga escala devem ocorrer.
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Modelo híbrido e disputa internacional
A escolha do padrão resultou em um modelo híbrido, que combina tecnologias de diversos países, incluindo EUA, Japão, Coreia do Sul e União Europeia. O sistema brasileiro reúne mais de mil patentes internacionais.
Essa decisão buscou neutralizar pressões políticas e comerciais, além de estimular a indústria nacional. O setor de radiodifusão defende que a TV 3.0 abrirá espaço para novas formas de publicidade segmentada e inovação nos serviços digitais.