CEO do Duolingo explica como usa IA e revela se haverá demissões

O anúncio do Duolingo sobre a mudança para um modelo “IA-first” gerou reações negativas de usuários e ameaças de cancelamento de assinaturas

Duo do Duolingo em destaque
Fundado em 2011, o Duolingo já utilizava Inteligência Artificial desde sua criação. Créditos: XH4D/ Getty Images/ Duolingo

Guynever Maropo 1 minutos de leitura

O anúncio do Duolingo sobre a mudança para um modelo “IA-first” foi adiado para melhor contextualizar a estratégia, após gerar reação negativa de usuários e ameaças de cancelamento de assinaturas. 

Segundo reportagem do The New York Times, o CEO Luis von Ahn explicou que a iniciativa visa aprimorar processos e não cortes de pessoal.

Ele afirmou que o Duolingo nunca demitiu funcionários em tempo integral e não planeja fazê-lo, mesmo com a implementação da Inteligência Artificial em todas as operações.

A empresa de US$ 15 bilhões, com 130 milhões de usuários mensais, utiliza terceirizados para funções temporárias, cujas contratações dependem de demandas operacionais e não de substituição de pessoas por IA.

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O memorando controverso de abril detalhou “restrições construtivas”, como a redução de contratados para tarefas que a Inteligência Artificial poderia assumir e a exigência de comprovação de que a tecnologia não consegue realizar determinadas atividades antes de novas contratações.

O anúncio provocou críticas e protestos nas redes sociais, com usuários associando a medida a cortes de empregos.

IA como ferramenta de produtividade

O Duolingo reforçou que a Inteligência Artificial tem o objetivo de aumentar a produtividade, permitindo que cada funcionário execute mais tarefas sem reduzir o quadro de pessoal.

A empresa criou os “frAI-days”, sessões semanais em que as equipes experimentam melhorias na eficiência proporcionadas pela IA.

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Von Ahn destacou a transparência do Duolingo na adoção da Inteligência Artificial, esclarecendo que a reação negativa decorreu de interpretações equivocadas, que associaram a tecnologia apenas à redução de custos.

A plataforma, fundada em 2011, já utilizava a Inteligência Artificial em suas funcionalidades, mas acelerou a integração após avanços recentes em modelos de linguagem.

O Duolingo agora oferece prática de conversação com IA, auxiliando usuários que relutam em praticar com pessoas. Apesar da controvérsia, a empresa registrou crescimento superior a 20% no número de usuários ano a ano, mostrando que o impacto nos negócios foi limitado.


SOBRE A AUTORA

Jornalista, pós-graduando em Marketing Digital, com experiência em jornalismo digital e impresso, além de produção e captação de conte... saiba mais