Criptografia no ChatGPT? Sam Altman explica próximos passos
OpenAI revela detalhes de como a criptografia pode transformar a experiência do usuário

O CEO da OpenAI, Sam Altman, revelou que a empresa estuda adicionar criptografia ao ChatGPT. A ideia é começar pelos chats temporários, aqueles que não ficam registrados no histórico.
Segundo reportagem da Axios, o movimento acontece porque muita gente usa a ferramenta para tratar de questões delicadas, como problemas médicos ou dúvidas jurídicas, como revelou uma pesquisa realizada pela Talk Inc.
Na prática, como hoje essas conversas não têm a mesma proteção legal de uma consulta com um profissional da área, isso pode se tornar um problema no futuro.
Altman comentou sobre o tema durante um jantar com jornalistas, realizado na última quinta-feira, quando afirmou que a criptografia na plataforma virou prioridade dentro da empresa. Porém, ele deixou claro que não existe prazo para a mudança.
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Como funciona?
Nos chats temporários, as conversas não entram no treinamento dos modelos atuais e ficam guardadas por até 30 dias, por segurança.
Mas o caminho não é simples. Diferente de aplicativos de mensagem, em que só os usuários têm acesso ao conteúdo, no caso dos chatbots o próprio provedor faz parte da conversa. Isso dificulta a implementação da chamada criptografia de ponta a ponta.
Inovações na criptografia
A Apple passou por uma situação parecida ao desenvolver o recurso Private Cloud Compute para o Apple Intelligence. A solução permite processar consultas em servidores da própria empresa sem compartilhar os dados internamente.
No ChatGPT, a criptografia completa também esbarra em funções como a memória de longo prazo, que dependem do acesso contínuo aos dados do usuário.
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Mesmo com os desafios, Altman defende uma proteção maior contra pedidos de acesso por parte de governos. Ele argumenta que, se a Inteligência Artificial (IA) já é usada para dar respostas médicas e jurídicas, deveria oferecer as mesmas garantias de sigilo de um profissional licenciado.
Segundo o executivo, o número de solicitações oficiais ainda é baixo, mas têm crescido. Para ele, basta um caso de maior repercussão para acelerar o debate.
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Qual a conclusão?
Altman admitiu que o assunto não estava no radar no início. A preocupação só surgiu quando ele percebeu a quantidade de informações íntimas que as pessoas compartilham com a plataforma. Nas palavras dele, a confidencialidade pode se tornar um privilégio essencial na era da IA.