Rico, pobre ou classe média: descubra em qual faixa de renda você realmente se encaixa
Novo estudo revela onde a maioria dos brasileiros se encaixa na pirâmide social e expõe a distância entre renda e hábitos de consumo

Muitos brasileiros não sabem exatamente em qual grupo econômico estão inseridos. Rico, pobre ou classe média? A percepção de pertencimento em cada uma destas classes varia conforme hábitos, renda e condições de vida, mas nem sempre corresponde à realidade.
Esse desencontro gera confusão sobre limites de renda e identidade de classe social. No entanto, é importante citar que o debate no Brasil sobre esse assunto avançou para além da divisão entre ricos e pobres, incorporando fatores como hábitos de consumo e capital cultural.
Nesse cenário, o Critério de Classificação Econômica Brasil, da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP), apresenta um retrato mais detalhado.
A metodologia considera renda familiar, escolaridade e infraestrutura domiciliar, além de estilo de vida e influência social. Com isso, a análise entrega uma fotografia mais precisa da população.
Indicadores que definem posição social
O método da ABEP avalia a escolaridade do chefe da família, a infraestrutura da residência, a renda total e o número de moradores. Essa composição reflete a diversidade econômica do país e segmenta a população em grupos comparáveis.
A renda não atua de forma isolada, já que educação formal, acesso a bens e padrões de consumo influenciam a classificação. Assim, o modelo vai além do dinheiro disponível no mês.
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Faixas de renda por classe
Apesar do método mais amplo, o recorte por renda ainda organiza as classes em patamares claros. O uso de salários mínimos facilita a compreensão.
- Classe E: até R$ 2.824 (menos de 2 salários mínimos).
- Classe D: de R$ 2.824 a R$ 5.648 (2 a 4 salários mínimos).
- Classe C: de R$ 5.648 a R$ 14.120 (4 a 10 salários mínimos).
- Classe B: de R$ 14.120 a R$ 28.240 (10 a 20 salários mínimos).
- Classe A: acima de R$ 28.240 (mais de 20 salários mínimos).
Percentual da estrutura social
O retrato atual indica que 75% da população se concentra entre as classes C, D e E. A distribuição recente mostra:
- Classe A: 2,9%.
- Classe B1: 5,1%.
- Classe B2: 16,7%.
- Classe C1: 21%.
- Classe C2: 26,4%.
- Classe DE: 27,9%.
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Concentração de renda no Brasil
Além disso, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram a distância entre o topo e a base. Apenas 1% da população recebe mais de R$ 28.240, enquanto 90% vivem com menos de R$ 3,5 mil mensais.
Essas discrepâncias refletem a influência da escolaridade, infraestrutura e composição familiar, além do acesso a serviços e bens duráveis. A classificação econômica, portanto, combina fatores materiais e culturais que moldam trajetórias e revelam desigualdades.
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