Além da teoria: como instituto quer levar inovação para empresas
Lançado pela ESPM, o Instituto Científico e Tecnológico vai conectar empresas, startups e pesquisadores para desenvolver soluções em inovação, consumo e economia criativa

Uma das dificuldades das empresas é ir além dos próprios muros e estabelecer conexões que ajudem a entender e melhorar o negócio. As consultorias costumam ter um papel importante nesse tipo de movimento. Parte das instituições de ensino também abre seus departamentos de pesquisa, dependendo da área de conhecimento, para estreitar o relacionamento com o ambiente de negócios.
A ESPM lançou na última quarta-feira (8) o Instituto Científico e Tecnológico (ICT). A estrutura servirá para oferecer um ambiente com condições técnicas para apoiar empresas, alunos, startups e parceiros nacionais e internacionais que planejem transformar ideias inovadoras em novos modelos de negócios, produtos, serviços e experiência do consumidor. Haverá condições para pesquisa aplicada, desenvolvimento tecnológico e impacto social.
O ITC, parte do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da ESPM, pretende atender indústrias, principalmente em suas áreas de especialidade, como economia criativa, trade marketing, consumo, ESG, moda e luxo.
Como explica a coordenadora do ICT NIT da ESPM, Priscila Rezende da Costa, o espaço pretende se aproximar do mercado por meio de iniciativas que conectam a pesquisa aplicada às demandas empresariais.
“A principal delas é a Vitrine Digital de Inovação e Empreendedorismo, que funcionará como uma plataforma online para divulgar patentes, startups e soluções desenvolvidas na instituição, criando um espaço de encontro entre pesquisadores e empresas”, diz.
Além disso, acrescenta a coordenadora, os Living Labs e o Hub de Startups e Prototipagem Digital vão oferecer ambientes de experimentação e cocriação para aproximar academia e mercado, incluindo ainda eventos de inovação, assessorias e projetos especializados para atrair empresas interessadas em inovação aberta.
DO CONHECIMENTO ACADÊMICO À SOLUÇÃO
Para Priscila, o maior desafio de um projeto como o ICT é transformar o conhecimento acadêmico em soluções efetivas que atendam às necessidades do mercado, com relevância científica, proteção da propriedade intelectual e sustentabilidade dos projetos. O instituto, segundo ela, concentra suas frentes em Inteligência Artificial aplicada ao consumo e à comunicação, transformação digital, economia criativa, modelos de negócio sustentáveis e tecnologias imersivas.
Os projetos do ICT serão estruturados de forma colaborativa. Como explica a coordenadora, professores e pesquisadores assumirão a liderança metodológica, enquanto estudantes de graduação e pós-graduação participarão ativamente por meio dos laboratórios e dos programas de pesquisa aplicada. Se destacarão ainda as startups incubadas na BASE ESPM e as spin-offs acadêmicas - envolvidas no desenvolvimento de soluções inovadoras. “Além disso, cursos de extensão, hackathons e oficinas complementarão o ecossistema, possibilitando que alunos participem em diferentes níveis de complexidade e aplicação prática”, diz.