Water Saci: veja como identificar o vírus que se espalha pelo WhatsApp e ameaça usuários

Entenda o vírus que se espalha pelo WhatsApp e atinge bancos e empresas brasileiras; veja como se proteger

Homem apontando para cadeado azul na tela
A disseminação do Water Saci mostra como ataques cibernéticos estão evoluindo. Créditos:Pixabay.

Guynever Maropo 2 minutos de leitura

Uma nova ameaça digital está em circulação no país, identificado como o Water Saci - ou o "saci da água", em português -, é um malware ("software malicioso" - da sigla em inglês malicious software) projetado para atingir instituições financeiras brasileiras e usuários do WhatsApp.

Desde sua detecção, já impactou 457 organizações, explorando a confiança entre contatos para se espalhar e roubar credenciais bancárias e de corretoras de criptomoedas.

Como o Water Saci se espalha?

O ataque começa quando a vítima recebe uma mensagem de um contato comprometido, geralmente um amigo ou colega de trabalho, contendo um arquivo ZIP malicioso.

Os arquivos trazem nomes genéricos, como “RES-20250930_112057.zip” ou “ORCAMENTO_114418.zip”, e instruções para serem abertos em um computador, indicando o foco dos criminosos em ambientes corporativos.

Ao descompactar o arquivo, o usuário encontra um atalho (.LNK) que executa, de forma oculta, um script PowerShell malicioso. O código se conecta a domínios controlados pelos invasores e baixa novos componentes, incluindo o malware SORVEPOTEL — nome inspirado na expressão “sorvete no pote”.

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Como o Water Saci rouba informações?

Uma vez instalado, o Water Saci ativa módulos como Maverick.StageTwo e Maverick.Agent, que monitoram a navegação da vítima e detectam acessos a sites bancários. O malware cria janelas falsas sobre páginas legítimas para capturar senhas, assinaturas eletrônicas e tokens de autenticação.

O vírus também é capaz de sequestrar sessões ativas do WhatsApp Web. Ao identificar uma conta comprometida, ele envia automaticamente o mesmo arquivo malicioso a todos os contatos, perpetuando o ciclo de infecção.

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Campanha focada no Brasil

Segundo a Trend Micro, 457 dos 477 casos detectados ocorreram no Brasil. A campanha tem como alvo principal instituições públicas, financeiras e empresas dos setores de tecnologia, educação e construção.

Para manter-se ativo e evitar detecção, o malware utiliza domínios com erros de digitação, como “sorvetenopotel”, disfarçando-se entre sites legítimos. Essa técnica ajuda a confundir sistemas de segurança e usuários menos atentos.

3 dicas para se proteger

A Trend Micro recomenda medidas simples para reduzir o risco de infecção:

1. Desativar downloads automáticos no WhatsApp.

2. Bloquear a transferência de arquivos em aplicativos pessoais nos dispositivos corporativos.

3. Realizar treinamentos de segurança para ensinar funcionários a reconhecer mensagens suspeitas e evitar abrir anexos não verificados.

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SOBRE A AUTORA

Jornalista, pós-graduando em Marketing Digital, com experiência em jornalismo digital e impresso, além de produção e captação de conte... saiba mais