CNH mais barata? Nova proposta pode reduzir custo em até 80%; veja valor
Mudança pretende reduzir custos, ampliar opções de aprendizado e modernizar o processo de habilitação no país

O governo federal apresentou uma proposta que pretende modernizar o processo de tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no país e reduzir significativamente os custos para os candidatos.
A mudança, em consulta pública, prevê o fim da obrigatoriedade das aulas em autoescolas e permite novas formas de aprendizado.
Como deve funcionar o novo modelo?
O projeto elimina a exigência de aulas teóricas e práticas obrigatórias para as categorias A (moto) e B (carro). Na prática, o candidato continuará precisando ser aprovado nos exames, mas poderá escolher entre autoescolas tradicionais, instrutores autônomos credenciados ou cursos digitais oferecidos pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).
A exigência mínima de 20 horas-aula práticas deixará de existir. A proposta busca simplificar o processo e dar liberdade para que cada pessoa decida como se preparar para as provas.
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Quanto custará tirar a habilitação com a nova regra?
Atualmente, tirar a CNH custa em média mais de R$ 4,4 mil, variando de acordo com o estado. O Rio Grande do Sul registra o valor mais alto, enquanto em Alagoas o custo é o menor, cerca de R$ 1,35 mil. Veja mais detalhes de valores atuais pelo Brasil aqui.
Com a flexibilização, o custo médio para obter o documento poderá cair de R$ 4,4 mil para valores entre R$ 800 e R$ 900, dependendo do estado e da escolha do candidato, dependendo da região e do método de aprendizagem escolhido, já que as aulas teóricas e práticas deixarão de ser obrigatórias para as categorias A (motos) e B (carros).
A Senatran calcula que, com a nova estrutura, o tempo necessário para pagar a habilitação sem comprometer mais de 30% da renda mensal poderá cair de oito para menos de dois meses em diversas regiões.
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Os motivos por trás da mudança
O Ministério dos Transportes defende que a mudança amplia o acesso à habilitação, reduz o número de motoristas sem documento, atualmente estimado em 20 milhões, e cria oportunidades de trabalho. O governo cita exemplos de países como Estados Unidos, Japão, Argentina e Reino Unido, onde candidatos aprendem a dirigir fora das autoescolas.
A proposta também está alinhada a princípios constitucionais como igualdade, dignidade da pessoa humana e acesso ao trabalho.
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Quais são os próximos passos?
Agora, a proposta está em consulta pública e será analisada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Caso seja aprovada, entrará em vigor em 2026, após adaptação dos Detrans e regulamentação do credenciamento de instrutores autônomos.
O debate sobre custo da CNH, segurança e acesso promete marcar a transição para um novo modelo de formação de condutores no Brasil.