O que pode acontecer com a maçaneta eletrônica de carros elétricos após acidente fatal da Xiaomi

A tragédia com o sedã Xiaomi SU7 reacende o debate sobre segurança em veículos elétricos e pode acelerar mudanças no design automotivo

Crédito: Fast Company Brasil

Paula Pacheco 2 minutos de leitura

Uma tragédia, causada por uma falha, depreciou o valor das ações da chinesa Xiaomi, negociadas na Bolsa de Hong Kong. Na segunda-feira (13), um homem de 31 anos morreu depo.is de um acidente envolvendo o carro elétrico da fabricante chinesa, na cidade de Chengdu, no sudoeste do país asiático

O carro pegou fogo em alta velocidade e as portas travaram automaticamente. Com isso, foi impossível fazer o resgate da vítima.

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O homem, identificado pela polícia apenas pelo sobrenome Deng, conduzia um sedã Xiaomi SU7 quando perdeu o controle, colidiu contra uma faixa verde central e o carro explodiu em chamas.

Segundo autoridades locais, as travas eletrônicas do SU7 deixaram de funcionar como consequência da perda de energia do veículo.

Com o acidente, as ações da Xiaomi chegaram a cair 8,7% durante o pregão da segunda-feira, mas tiveram ligeira recuperação e a queda foi menor ao final do dia, de cerca de 5%. A reação dos investidores aconteceu assim que começaram a surgir relatos de que as portas do SU7 envolvido no acidente não abriram após o acidente violento.

Foi a maior desvalorização desde abril, quando aconteceu um outro acidente grave com um modelo da fabricante.

No pregão desta terça-feira (14), as ações voltaram a oscilar. Com isso, nos últimos dois dias, as perdas acumuladas chegam a 6,51%. Mesmo com dois problemas que arranharam sua imagem em um curto período, em seis meses a companhia acumula valorização de 12,81%.

SEGURANÇA DOS ELÉTRICOS É QUESTIONADA

Segundo reportagem da americana CNBC, o acidente pode aumentar o questionamento sobre maçanetas eletrônicas. O design foi popularizado pela Tesla e hoje é usado em veículos elétricos modernos.

Diferentemente dos modelos mecânicos, as maçanetas eletrônicas precisam dos sensores e de eletricidade, que podem falhar durante um incêndio ou queda de energia.

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Ainda de acordo com o texto, a China considera proibir essas maçanetas elétricas para eliminar esse risco, segundo a mídia estatal divulgou no final de setembro.

Também em setembro, a Xiaomi anunciou uma atualização de software para mais de 116 mil veículos SU7. O objetivo foi corrigir falhas relacionadas ao sistema de assistência à condução.

Ao mesmo tempo, a Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário dos EUA (NHTSA) iniciou uma investigação sobre cerca de 174.000 veículos Tesla Model Y após relatos de falhas nas maçanetas.


SOBRE A AUTORA

Paula Pacheco é jornalista old school, mas com um pé nos novos temas que afetam, além do bolso, a sociedade, como a saúde do planeta. saiba mais