Afinal, o que é e onde fica esse tal de metaverso?
Olá, eu sou o Bernardo. Recebi o convite da Claudia Penteado para escrever aqui na Fast Company Brasil sobre assuntos que permeiam meu dia a dia e seriam interessantes para vocês, leitores.
Aceitei no impulso o convite. Logo eu, que nunca escrevi um texto com mais de 100 toques, preciso agora redigir um de até três mil e quinhentos. Escrevendo os números assim, por extenso, talvez consiga chegar lá.
Brincadeiras à parte, deixa eu me apresentar para você que não me conhece. Tenho um cargo muito diferente, chief gaming officer, e sou um dos fundadores da primeira agência publicitária focada no universo de games no país. Minha carreira nem é tão longa quanto a dos meus sócios, que somam mais de 40 anos de publicidade. Mas fiz umas coisas legais no universo de games, o que ajudou a construir essa imagem descolada que hoje ele tem.
Sim, provavelmente fui convidado porque existe uma demanda grande de pautas sobre o famigerado metaverso, que ninguém sabe muito bem explicar, nem o que é ou onde fica. E eu topei falar desse universo em construção e desmistificar algumas coisas, sempre de forma leve e descontraída.
Esse é meu desafio: traduzir esses conceitos tão complexos em algo que vocês entendam. Mas até a gente chegar no metaverso em si, acredito que precisamos conversar sobre algumas coisas antes.
O que mais me interessa no mercado de games é que existe algo feito para cada um de nós, de grandes aventuras a partidas de três minutos.
Você provavelmente nunca teve acesso a termos como average gaming hour per access ou games as a service, mas é importante a gente conversar, em algum momento, sobre como o universo de games evoluiu, onde ele está, onde quer chegar e o que está sendo construído para que chegue lá.
O que mais me interessa no mercado de games é que existe algo feito para cada um de nós, de jogos de bichinhos a jogos de comida, de grandes aventuras a partidas de três minutos, perfeitas para se jogar no ônibus a caminho do trabalho. Quero trazer um pouquinho disso tudo também para cá.
Outra coisa que acho que vocês vão gostar é que sou um pouco maluco. Tendo a enxergar as coisas de uma maneira um pouco, digamos, peculiar. Por exemplo, a maioria das discussões sobre DAO’s (sigla em inglês para Organizações Autônomas Descentralizadas) falam muito sobre uma proposta nova de ownership pelos jogadores no mercado de games.
Mas vejo as propostas, neste momento, muito mais como uma versão 2.0 do leasing financeiro. Acho que, olhando dessa maneira, faz mais sentido para entender o potencial de escalabilidade do negócio, além de facilitar bastante o entendimento da proposta para o consumidor final.
Enfim, é isso. Daqui a pouco eu volto, trazendo uns conteúdos legais. Espero que vocês se divirtam o tanto quanto eu estou me divertindo ao escrever esse texto aqui, que não chegou nem perto do meu objetivo dos três mil e quinhentos toques.
Um dia eu chego lá. Espero que você continue acompanhando.