Apple: o que tem de especial na bolsinha de tricô do iPhone que custa R$ 1.220
Feita sob medida, a minibag viralizou nas redes e reacende o debate sobre design, status e consumo no universo da marca

Os celulares sempre foram declarações de moda. O que começou com simples capa para proteger o telefone evoluiu para a decoração dos aparelhos com todos os acessórios imagináveis: pingentes e chaveiros, PopSockets, carteiras, alças e agora… bolsos?
PARCERIA COM ISSEY MIYAKE
A Apple acaba de lançar um novo produto chamado iPhone Pocket. Basicamente, é uma bolsa de tricô para o seu iPhone. A empresa projetou a bolsa em colaboração com a renomada marca japonesa de moda Issey Miyake, cuja relação com a Apple remonta à época de Steve Jobs. As icônicas golas altas de Jobs foram desenhadas por Miyake, que aposentou as camisas após a morte de Jobs em 2011.
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A gigante da tecnologia afirma que o design em tricô 3D serve como um bolso adicional para um iPhone e pequenos itens essenciais, como AirPods ou protetor labial.
As pregas caneladas — uma referência ao estilo característico de Miyake — são projetadas para acomodar qualquer iPhone, esticando o suficiente para permitir uma prévia da tela. Graças ao tecido elástico, pode ser carregada na mão, presa a uma bolsa ou usada transversalmente.
Leia mais: 10 hábitos de milionários que qualquer pessoa pode adotar no dia a dia: Apple: o que tem de especial na bolsinha de tricô do iPhone que custa R$ 1.220A versão mais curta — disponível em cores vibrantes como laranja, rosa, amarelo e turquesa — custa US$ 149,95 (cerca de R$ 794 no câmbio do dia da publicação desta reportagem) e pode ser usada no pulso ou presa a uma bolsa como um pingente. A versão transversal vem em azul, marrom ou preto. Esse tecido extra tem um custo adicional: US$ 229,95, algo como R$ 1.218.
CHUVA DE CRÍTICAS
Como era de se esperar, a internet está revoltada com o preço. Marques Brownlee, um influenciador com mais de 20 milhões de seguidores, comentou no X: “Duzentos e trinta dólares. Isso parece um teste decisivo para quem vai comprar/defender qualquer coisa que a Apple lance.”
Uma onda de respostas se seguiu rapidamente. “Mal posso esperar pelas imitações de US$ 8 da Amazon”, escreveu um usuário. Outro acrescentou: “O que eles vão fazer? Parar de fazer bolsos nas nossas calças para que tenhamos que começar a usar nossos telefones como bolsas? Fala sério, a Apple vai fazer qualquer coisa, MENOS inovar em um novo telefone.”
Muitos notaram que a bolsa se inspira na iPod Sock de Jobs, de 2004, que ele descreveu na época, em tom de brincadeira, como “um novo produto revolucionário”. A colaboração com Miyake não tem o mesmo senso de humor, mas pelo menos sinaliza um toque de descontração vindo de Cupertino.
DESIGN MINIMALISTA
Historicamente, a Apple adotou uma abordagem minimalista para acessórios, com capas de iPhone projetadas para serem uma simples segunda pele para os dispositivos. Na maior parte das vezes, a empresa deixou qualquer tipo de autoexpressão para marcas de acessórios de terceiros, que podem se divertir muito mais com seus designs.
Leia mais: 5 dicas para fazer um plano de negócios e ter uma vida mais feliz : Apple: o que tem de especial na bolsinha de tricô do iPhone que custa R$ 1.220Este ano, porém, a Apple parece ter percebido que as pessoas querem acessórios para seus telefones — você sabe, o objeto que os humanos carregam consigo por horas a fio e tratam como um bebê. A empresa deu seus primeiros passos no mundo dos acessórios para iPhone com uma alça transversal de US$ 59 (vendida por R$ 719 no site brasileiro da companhia), lançada junto com a linha de iPhones de setembro. Agora, o iPhone Pocket marca a segunda incursão da Apple no território dos celulares como acessórios
O Pocket está sendo alvo de críticas, e talvez com razão. Mas o produto claramente tem seu público-alvo em mente: o pequeno grupo de pessoas que se importa o suficiente com tecnologia e moda para usá-las no corpo — e que têm dinheiro suficiente para pagar por esse prazer.