Golpe do boleto falso: veja como criminosos alteram pagamentos e como se proteger
Golpes envolvendo boletos bancários ainda são uma ameaça real; veja como proteger seu dinheiro
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alertou para um novo golpe em que criminosos utilizam vírus de computador para adulterar boletos bancários no momento da impressão.
O boleto, um dos meios de pagamento mais utilizados no Brasil, é alvo constante de golpe, afetando diretamente o setor financeiro.
Apesar dos esforços das instituições financeiras para garantir a segurança desse método, os golpistas têm se adaptado e encontrado formas de modificar os dados dos boletos, como valores e contas bancárias, causando prejuízos aos consumidores.
Leia mais: Black Friday: como escapar de golpes sofisticados e identificar sites e anúncios falsos.
A Plataforma Centralizada de Recebíveis (PCR), criada em 2018, é uma medida eficaz que ajuda a prevenir golpes envolvendo boletos bancários.
A plataforma registra os títulos de cobrança dentro das normas exigidas pelo Banco Central e tem contribuído significativamente para mitigar adulterações de boletos físicos. De acordo com a Febraban, a PCR tem eliminado golpes no valor estimado de R$ 450 milhões por ano.
Embora a plataforma tenha ajudado a reduzir o número de crimes, golpistas continuam utilizando vírus para adulterar boletos no momento da impressão. A Febraban alerta que esses criminosos alteram dados críticos como valores e a conta bancária destinatária do pagamento, prejudicando o consumidor na hora de efetuar o pagamento.
4 dicas da para evitar golpes
1. Verifique os dados do beneficiário
Desde a implementação da PCR, todos os boletos são registrados e devem conter informações como CPF ou CNPJ do emissor e do pagador. No momento do pagamento, os dados do beneficiário aparecem, permitindo que o consumidor faça a conferência. Caso a conta não pertença ao verdadeiro destinatário, o pagamento não deve ser realizado.
2. Evite imprimir boletos
O golpe ocorre frequentemente na hora da impressão. Golpistas alteram os dados do boleto e o crime é consumado quando o boleto é impresso. A recomendação da Febraban é solicitar que o emissor envie o boleto em formato PDF, que é mais difícil de ser adulterado, além de manter o antivírus sempre atualizado.
Leia mais: Prova de vida: veja como reconhecer ligações falsas e não cair em golpes.
3. Verifique os dados do banco emissor
Golpistas costumam cometer erros ao criar boletos falsificados, como colocar logos errados de instituições financeiras. Para evitar esse tipo de golpe, basta conferir se os três primeiros números do código de barras correspondem ao banco indicado no boleto.
4. Use o DDA (Débito Direto Autorizado)
O DDA é uma ferramenta que permite que o cliente receba todos os boletos eletronicamente, diretamente da plataforma PCR, garantindo que o boleto não tenha sido alterado. A adesão ao DDA pode ser feita no banco, onde o consumidor passa a ser notificado quando houver boletos a pagar, tornando o processo mais seguro.
Leia mais: Black Friday: como escapar de golpes sofisticados e identificar sites e anúncios falsos.
Você pode se interessar também:
Apesar das melhorias, a Febraban alerta que golpistas estão sempre em busca de novas formas de fraudar os consumidores. O alerta é para que as pessoas se mantenham vigilantes e sigam as orientações para evitar cair nas armadilhas de falsificação.
