IA e depressão: estudo revela como a inteligência artificial pode detectar sinais iniciais da doença

Os modelos de Inteligência artificial podem analisar micro-expressões e identificar paciente com depressão

IA identifica depressão
Estudo mostra como IA diferencia expressões sutis ligadas à depressão. Crédito: Imagem gerada com auxílio de IA via ChatGPT

Gabriel Nassif 1 minutos de leitura

A depressão costuma se manifestar de forma gradual, com sinais como desânimo, exaustão emocional e perda de interesse. Pensando nisso, um estudo da Universidade Waseda, no Japão, indicou que sistemas de Inteligência Artificial (IA) conseguem reconhecer micro-expressões quase imperceptíveis que podem indicar o início do quadro.

A pesquisa analisou vídeos curtos de 64 estudantes e utilizou o sistema OpenFace 2.0, tecnologia capaz de mapear movimentos musculares faciais. Um segundo grupo avaliou os mesmos vídeos para medir naturalidade, simpatia e intensidade das expressões.

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O resultado da pesquisa indicou que, tanto a análise feita pelo modelo de IA generativa, quanto as análises feitas pelos especialistas, convergiram. Os estudantes que relataram sintomas de depressão apresentaram menor espontaneidade e expressividade facial.

Além disso, a IA identificou padrões recorrentes entre os estudantes, como elevação interna das sobrancelhas, maior abertura da pálpebra superior, alongamento dos lábios e aumento da abertura da boca.

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Sinais não verbais revelam estado mental,

A equipe de Waseda aponta que sinais não verbais podem indicar alterações emocionais de forma simples e sem necessidade de intervenção direta. Nesse sentido, a análise de vídeos curtos combinada à IA surge como alternativa para ampliar métodos de triagem em ambientes escolares, corporativos e acadêmicos.

Segundo os pesquisadores, a tecnologia pode apoiar o monitoramento contínuo de mudanças emocionais, especialmente em jovens e populações expostas a cargas elevadas de estresse.

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Tecnologia pode apoiar diagnóstico precoce

Os pesquisadores acreditam que ferramentas de IA generativa podem ser incorporadas a programas de bem-estar, plataformas educacionais e sistemas de saúde corporativa.

No caso da pesquisa, a equipe afirma que a IA não substitui profissionais de saúde, mas pode auxiliar na identificação precoce de riscos da depressão, acelerando o encaminhamento para atendimento especializado.

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SOBRE O AUTOR

Jornalista, com experiência em produção de matérias e conteúdos multiplataforma. Atuou em veículos independentes e comunitários, além ... saiba mais