Vai se aposentar? Veja o que muda nas regras do INSS em 2026

Entenda quais regras avançaram e quais ficaram congeladas; confira como escolher o melhor caminho para pedir o benefício

Pessoas mais velhas trabalhando
Caso existam falhas, o ajuste deve ser feito previamente. Créditos:Freepik.

Guynever Maropo 3 minutos de leitura

O Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) atualizou, para 2026, as regras que afetam diretamente o pedido de aposentadoria para os segurados que pretende solicitar o benefício nos próximos meses. As regras seguem em processo de transição e mudam de forma gradual a cada ano.

Segundo o Instituto, esses ajustes já estavam previstos desde 2019 e estabeleceu um cronograma de ajustes progressivos. Esse modelo prevê uma elevação gradual de idade e tempo de contribuição, com mudanças anuais que se estendem até 2031.

Na prática, isso significa que quem já contribuía antes da reforma não se enquadra imediatamente nas regras definitivas, mas precisa cumprir critérios intermediários que variam conforme o ano do pedido de aposentadoria.

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O que muda para quem se aposentar em 2026?

A principal mudança está na elevação da idade mínima nas regras de transição. Em 2026, esse avanço ocorre nas modalidades que combinam idade e tempo de contribuição. Na prática, isso significa que quem ainda não cumpriu os requisitos precisa atender a critérios mais elevados até o final desse ano.

Idade mínima em nova fase

Na regra de idade mínima com tempo de contribuição, a exigência aumenta em seis meses em relação ao ano anterior. Mulheres precisam ter 59 anos e seis meses e 30 anos de contribuição. Já os homens precisam atingir 64 anos e seis meses e 35 anos de contribuição.

Esse modelo continuará avançando em 2026 até alcançar o limite definitivo previsto na reforma.

Regra de pontos e o que muda

Outra mudança relevante envolve a regra de pontos, que soma idade e tempo de contribuição. Neste ano, a pontuação mínima sobe para 92 pontos para mulheres e 102 pontos para homens. O tempo mínimo de contribuição permanece o mesmo.

Para o aposentado, isso significa que mesmo com muitos anos de contribuição, a idade continua influenciando o acesso ao benefício.

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O que não muda nas regras de transição?

As regras de pedágio permanecem sem alterações neste ano. O pedágio de 50% segue sem exigir idade mínima. Já o pedágio de 100% mantém idade fixa de 57 anos para mulheres e 60 anos para homens. Esses critérios não acompanham a progressão anual aplicada a outras regras

A Reforma da Previdência estabeleceu um cronograma de transição para evitar mudanças bruscas. A ideia foi diferenciar quem já contribuía antes de 2019 de quem ingressou no sistema depois. Com isso, parte dos segurados enfrenta ajustes graduais, enquanto outros conseguem manter regras mais estáveis.

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Como o aposentado pode se preparar

O primeiro passo é consultar o histórico de contribuições no Meu INSS. A ferramenta permite simular diferentes cenários e identificar qual regra está mais próxima. A conferência do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) é essencial. Dados incorretos podem atrasar o pedido ou alterar o enquadramento na regra escolhida.

Antes de solicitar a aposentadoria, o segurado deve revisar vínculos de trabalho, períodos de contribuição e dados pessoais. Caso existam falhas, o ajuste deve ser feito previamente. Isso reduz o risco de exigências adicionais durante a análise do benefício.


SOBRE A AUTORA

Jornalista, pós-graduando em Marketing Digital, com experiência em jornalismo digital e impresso, além de produção e captação de conte... saiba mais