Como lidar com subordinados chatos, sem iniciativa ou simplesmente irritantes
Estratégias para reconhecer e lidar com quatro tipos comuns de funcionários difíceis

Existem vários tipos de pessoas irritantes. Já escrevi antes sobre como lidar com chefes e colegas difíceis. Mas o que fazer quando a fonte da irritação é alguém que responde diretamente a você?
Mais uma vez, tudo depende do que exatamente está causando o incômodo. Aqui estão quatro tipos de funcionários bastante comuns.
1. O puxa-saco
É natural que pessoas ambiciosas queiram crescer profissionalmente. Fazer um bom trabalho é o principal, claro, mas um pouco de autopromoção também faz parte. Afinal, quando você lidera muita gente, é impossível acompanhar tudo o que cada pessoa faz. Então, faz sentido que seus subordinados informem você sobre o que realizaram.
O problema surge quando essa necessidade de manter você informado vira bajulação. Alguns exageram nos elogios, fazem comentários aduladores o tempo todo e tentam agradar de formas que não contribuem em nada para o trabalho nem para os objetivos da equipe. Isso pode acontecer tanto em conversas individuais quanto na frente dos outros.
Vale a pena conversar com essas pessoas sobre isso. Deixe claro que você entende a intenção, mas que prefere manter o foco no que realmente precisa ser feito. Ajude-as a perceber que esse comportamento tende a causar o efeito contrário ao que elas esperam. Quanto mais cedo isso fica claro, melhor para todos.

2. O que não toma iniciativa
As pessoas que mais se destacam no trabalho costumam ser aquelas que conseguem identificar o que precisa ser feito a seguir e se antecipam sem esperar ordens. Ainda assim, muitos se limitam a cumprir exatamente o que foi pedido – e param por aí. Isso acaba fazendo com que você seja obrigado a microgerenciar tudo.
Vale lembrar que muita gente que está entrando agora no mercado de trabalho cresceu em ambientes superestruturados. Escola, atividades extracurriculares, lazer, tudo era previamente organizado por alguém. Mesmo na faculdade, muitos alunos têm pouca autonomia. Para quem veio desse contexto, tomar iniciativa não é algo automático – é algo que precisa ser aprendido.
Quando a falta de iniciativa começar a incomodar, leve esse tema para as reuniões. Peça que seus subordinados pensem em uma ou duas tarefas que você não tenha delegado, mas que eles poderiam assumir. Converse sobre como identificar demandas que ainda não foram explicitadas. Lembre-se: você estará ajudando a criar um novo hábito – e isso leva tempo. Dá trabalho no começo, mas compensa no longo prazo.
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3. O que (sem querer) te tira do sério
Todo mundo tem manias e pequenas implicâncias – por mais tranquilo que pareça. Eu mesmo sou bastante flexível, mas há certas coisas que realmente me incomodam. Por exemplo, quando alguém usa “impactar” como verbo, isso me tira do sério.
Existem pessoas cujo jeito de falar ou agir parece feito sob medida para te irritar. Às vezes, basta estar perto delas para a raiva aparecer, antes mesmo de abrirem a boca para dizer qualquer coisa.
Quando uma pessoa do dia a dia desperta isso em você, muitas vezes não há muito o que fazer além de engolir em seco. Mas, quando se trata de um subordinado direto, é possível estabelecer limites. Sempre que começo a trabalhar com alguém novo ou monto uma equipe, costumo deixar claras algumas coisas a evitar. É impressionante como essa simples conversa torna a convivência muito mais fácil lá na frente.
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4. O passivo-agressivo
O tipo mais complicado de subordinado é aquele que evita conflito, mas ainda assim precisa mostrar que está insatisfeito. Essas pessoas não dizem abertamente que estão incomodadas, frustradas ou irritadas – mas demonstram isso de outras formas. É o famoso comportamento passivo-agressivo.
Hoje em dia, é comum encontrar pessoas com esse perfil nas equipes. Falta preparo para lidar com conflitos, e muitos preferem não falar nada quando algo incomoda. Mas com o tempo, esses sentimentos acabam escapando.
Assim como no caso de quem não toma iniciativa, é preciso ensinar essas pessoas a lidar com conflitos de forma mais direta – e criar um ambiente em que isso seja seguro. Quando notar um comportamento passivo-agressivo, você deve apontá-lo o quanto antes (sem expor ninguém em público, claro). Depois, conversar sobre a importância de falar abertamente sobre os problemas. Aprender a encarar conversas difíceis faz uma diferença enorme para o crescimento profissional.