ArtRio volta com programa dedicado à arte como inclusão social

Em sua 12ª edição, feira internacional de arte espera reunir mais de 50 mil pessoas ao longo de quatro dias

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Redação Fast Company Brasil 3 minutos de leitura

Mesmo seguindo todos os protocolos de segurança nos últimos dois anos e com muito reconhecimento, as últimas edições do ArtRio foram de apreensão. Foi preciso seguir regras de restrição de público e de ocupação de espaço, entre outras.

“Este ano estamos voltando ao modelo mais leve que sempre gostamos, com espaço para trazer novidades e novos programas”, afirma Brenda Valansi, presidente da feira.

Gabriela Davies (Crédito: Divulgação)

A 12ª edição do evento é de celebração, reunindo mais de 60 galerias e 15 instituições ligadas à arte – incluindo visitantes vindos dos Estados Unidos, Dinamarca, Portugal, México e Colômbia – na Marina da Glória, no Rio de Janeiro.

As galerias foram selecionadas pelo Comitê Curatorial a partir de critérios como participação em outras feiras, quantas exposições realizam por ano, se têm artistas exclusivos e se iriam apresentar projeto inédito, entre outros.

“Nosso foco é em manter altíssima qualidade na seleção das galerias. Cada ano fica mais difícil”, afirma Brenda.

Nesta quarta-feira (dia 14) acontece um preview de tudo que será exposto, mas com ingressos já esgotados. Entre quinta-feira e domingo (dias 15 a 18), a visita é aberta ao público e ainda conta com diversos painéis de debates.

Um dos grandes diferenciais desta edição é o pavilhão Mar, com cerca de três mil metros quadrados, que ocupa a área da Esplanada da Marina da Glória. Lá estão os programas Vista, Solo, Expansão, Mira e o auditório do Conversas ArtRio.

Já o pavilhão Terra abriga o programa Panorama, com galerias bem estabelecidas no mercado de arte moderna e contemporânea. A expectativa da organização é de receber 50 mil visitantes ao longo dos quatro dias.

INCLUSÃO SOCIAL E NOVAS GALERIAS

Dois programas chamam atenção na programação. O primeiro é o Expansão, dedicado a instituições e espaços que utilizam a arte como inclusão social e que atuam na valorização e na divulgação da arte e dos artistas. As instituições selecionadas não pagam pelo espaço que ocupam.

As selecionadas deste ano foram:

  • 5 Bocas
  • Canal Curta!
  • Casa França-Brasil
  • Safe Art
  • FUNARJ
  • EAV Parque Lage
  • Instituto Inclusartiz / Tamanduar-te
  • Instituto Vida Livre
  • Margem + Évora
  • MAM Rio
  • MAR – Museu de Arte do Rio
  • Move Rio
  • Potência Ativa
  • Solar dos Abacaxis
  • Transrevolução / Casa Nem

“Poder participar na feira é incrível. Vai ser um momento muito importante poder estar na ArtRio”, afirma Alan Weber, artista que faz parte da instituição 5bocas e também da galeria Galatea. “Será bom mostrar minha inspiração, que é a realidade da comunidade no meu cotidiano e na minha vida.”

“A ArtRio é uma das feiras mais importantes do Brasil, mas não só isso. Ela se destaca por criar um espaço para essas instituições, que ganham por estar juntas umas das outras e ao lado de galerias, por participar de um evento dessa magnitude e pela presença forte do programa, o que acredito ser positivo para própria feria”, diz Gabriela Davies, uma das curadoras e idealizadoras da instituição Potência Ativa.

O segundo programa é o Vista, dedicado às galerias jovens, com até 10 anos de existência, contando com projetos expositivos desenvolvidos exclusivamente para a feira. Segundo Brenda, um dos compromissos do evento é justamente dar visibilidade para artistas e galeristas e incentivar um trabalho sério e respeitoso com as boas práticas de mercado.

“Nas galerias jovens, é possível encontrar nomes ainda começando, mas com grandes chances de despontar no futuro. Quando falamos em incentivar um novo público admirador e consumidor de arte, temos que mostrar essa arte que começa a ter destaque” afirma.


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