Desconhecimento sobre metaverso é oportunidade para as marcas
Pesquisas mostram que consumidores ainda sabem pouco sobre o assunto e que jovens podem ser um canal de disseminação de conhecimento
Os investimentos das marcas para fazerem parte do Metaverso não param. Ninguém quer ficar de fora da mais desejada realidade virtual imersiva e interativa dos últimos tempos. Afinal, as possibilidades são inúmeras – a maioria ainda desconhecida.
Inspirado no universo dos games, o metaverso oferece de joguinhos a reuniões corporativas, passando por eventos de branding e compra de produtos. A promessa é de uma verdadeira revolução no que se refere a interação digital.
Mas o que os números falam sobre ele? Como o consumidor tem se comportado em relação ao que não para de ser proclamado como a grande disrupção para as marcas? O que os números estão dizendo e como podem ajudar nos investimentos no metaverso?
Dos que já ouviram falar em metaverso, a maioria não está confiante de que realmente entende o que é.
Olhando lá para fora, para grandes centros de cultura digital, como os Estados Unidos e o Reino Unido, sabemos que mais de 40% dos britânicos e norte-americanos sequer ouviram falar do assunto. Dos que já ouviram, a maioria não está confiante de que entende o que é o metaverso.
As informações são da multinacional de pesquisa YouGov, que dispõe de um banco de dados global, atualizado diariamente, pesquisando as preferências de consumo e tendências mundiais.
Os dados mostram que, entre os norte-americanos, a alta confiança na explicação sobre o que é o metaverso fica em 14%, o dobro do Reino Unido (7%). Isso nos faz refletir sobre o que, de fato, as pessoas conhecem a respeito desse assunto.
Nesse cenário, também se abrem oportunidades para as marcas que queiram atuar nesse meio digital, ajudando a esclarecer o tema ao desenvolverem suas ações.
METAVERSO E CONSUMO
Ao avaliar os resultados da pesquisa não foi surpresa identificar que. nos dois países, as gerações mais jovens são as mais propensas a conhecer o metaverso, presumivelmente pelo maior interesse e envolvimento com tecnologia, mídia social e jogos.
Quase a metade dos entrevistados nos EUA (48%) com idade entre 25 e 34 anos se interessam pelo assunto, seguido pela gen Z (nascidos entre 1995-2010), com 46%. No Reino Unido, um terço (32%), da geração Z e quase um quarto (23%), das pessoas de 25 a 34 anos estão interessadas no metaverso. Nos dois mercados, os homens expressam mais interesse no assunto do que as mulheres.
Os dados mostram ainda que a maior proporção de consumidores em ambos os países espera que o metaverso mais se assemelhe a uma "experiência de realidade virtual". No outro extremo, 31% dos britânicos e 25% dos consumi- dores norte-americanos não têm ideia de como ele será.
A necessidade de mais informações pode ser uma oportunidade para quem quiser participar das mudanças.
Todos esses percentuais e análises deixam claro que o metaverso ainda requer muito esclarecimento para ser compreendido. Ou seja: marcas, muita atenção com os investimentos e o tipo de ação que criarem tentando buscar engaja- mento em algo que ainda requer ser bem explicado.
Os percentuais mostram que os jovens podem ser uma ponte importante para a disseminação desse conhecimento, uma vez que claramente estão mais interessados nessa questão.
Por hora, o que fica bem claro é que o conhecimento sobre o assunto ainda parece um pouco distante dos consumidores. A necessidade de mais informações e de clareza pode ser uma oportunidade para quem quiser participar dessas mudanças.
Se o tema ainda soa como futuro, ainda que bem próximo, as pesquisas estão bem aqui, no presente, para ajudar as marcas a investirem mais e melhor neste universo, no metaverso ou em qualquer outro que apareça por aí.