Quantos dias é preciso trabalhar para comprar um iPhone 14?
O brasileiro médio tem que trabalhar mais de dois meses para conseguir comprar um smartphone da Apple novinho
Quem gosta de tecnologia acompanha de tempos em tempos os lançamentos dos novos iPhones, em um evento que é acompanhado por jornalistas, entusiastas e consumidores de todas as partes do planeta. No último mês de setembro, a Apple apresentou os modelos do iPhone 14, com melhorias em componentes, nas câmeras, armazenamento e processamento.
No Brasil, os aparelhos entraram em pré-venda no início de outubro, por valores mínimos de R$ 7,6 mil nas versões básicas. Já aquelas com mais recursos chegam a R$ 15 mil. Em pesquisa divulgada pela Hello Safe Brasil, o país ocupa o segundo lugar em relação aos valores mais elevados do produto, ficando atrás somente da Turquia.
Um iPhone 11 ou 12 usado pode ser encontrado por preços que chegam a até R$ 4 mil.
Um índice comumente usado para medir o alto valor dos iPhones é indicar quantos dias são necessários trabalhar para comprar o produto em cada país. Nesta lista, o Brasil aparece em terceiro lugar, com 74,2 dias de trabalho para a aquisição de um iPhone novo. Os líderes são a Turquia, com 146,7 dias, e as Filipinas, com 90,9 dias. Isso dá a medida entre o poder de compra das pessoas de cada país, em relação ao produto recém-lançado.
Sabemos que a situação financeira no Brasil não está favorável para grandes gastos. Para o consumidor que quer comprar um smartphone novo, existem parcerias entre as principais fabricantes, as operadoras e os magazines mais conhecidos para que os aparelhos novos sejam mais acessíveis.
Foram criados programas de trocas, nos quais o consumidor consegue entregar o aparelho usado na compra de um novo e receber, dependendo do smartphone usado, um desconto significativo na compra de um produto novo.
Na Turquia é preciso trabalhar 146,7 dias para comprar um iPhone novo e nas Filipinas, 90,9 dias.
Outra alternativa para quem quer trocar de smartphone, mas não quer pagar caro, é a compra de aparelhos seminovos. Os celulares Apple podem ser encontrados por valores reduzidos, devido ao lançamento do novo modelo. E são modelos que ainda apresentam configurações interessantes, com muitos anos de uso pela frente, e que ainda recebem a atualização do iOS, como os iPhones 11 e 12 – que podem ser encontrados por preços que chegam a até R$ 4 mil.
Mas é muito importante o consumidor que busca um smartphone seminovo procurar um vendedor confiável, para ter certeza da procedência do aparelho, e que os produtos venham com garantia e nota fiscal, além da segurança e confiabilidade na qualidade e no bom funcionamento do dispositivo.
REDUÇÃO DO LIXO ELETRÔNICO
Além do benefício para o bolso, também há a contribuição para a sustentabilidade. Estima-se que, até 2030, o volume anual de lixo eletrônico descartado no planeta seja de 74 milhões de toneladas, configurando-se como o tipo de lixo doméstico que mais cresce no mundo.
A previsão tem como base as altas taxas de consumo de equipamentos elétricos e eletrônicos, os curtos ciclos de vida dos itens e as poucas opções de reparos. Os dados são da United Nations Institute for Training and Research, que a cada três anos promove o Global E-wast Monitor, em parceria com diversas organizações.
apenas 17,4% dos 53,6 milhões de toneladas de lixo eletrônico gerados em 2019 foram coletados para reciclagem ou descarte adequado.
É em momentos importantes e desafiadores da humanidade como este que cabe às organizações e mentes privilegiadas a missão de criar novidades que, imediatamente ou anos depois, tenham o poder de transformar o mundo em um lugar melhor e mais adequado para se viver. É quando cientistas, pesquisadores e pensadores de diversas áreas do conhecimento, juntos ou individualmente, transformam suas ideias e crenças em ações disruptivas com real poder de dar novos significados ao que conhecemos e fazemos como sociedade.
Em relação a um futuro mais sustentável, um dos principais objetivos das pessoas e empresas empenhadas em criar novas tecnologias é diminuir o volume de todo tipo de lixo descartado e reduzir a extração de recursos naturais.
Isso se faz necessário porque, de acordo com o estudo que citei acima, apenas 17,4% dos 53,6 milhões de toneladas de lixo eletrônico gerados em 2019 foram coletados para tratamento e reutilização ou descarte adequado.
Acredito muito na economia circular, no recondicionamento e na revenda de smartphones seminovos como um recurso de democratização do acesso à tecnologia e, consequentemente, uma via de inclusão digital.
O que nos motiva também é o quesito sustentabilidade, tendo em vista a oportunidade de encontrar utilidade para algo que ainda tem condições de uso e, assim, reduzir o descarte de lixo eletrônico na natureza.