Estes objetos são brinquedos sexuais ou alto-falantes?
Sex toys de design sofisticado e alto-falantes bluetooth estão ficando muito parecidos. Você seria capaz de dizer qual é qual?
Outro dia, minha colega de trabalho abriu um pacote em sua mesa, a poucos metros de onde eu estava sentado. Dentro havia um pequeno dispositivo achatado, que nós achávamos que era algum tipo de caixinha de som. Mas aí lemos na embalagem “masturbador compacto premium” e percebemos que o que ela estava segurando era, na verdade, um brinquedo sexual.
Para ser mais específico, aquele era o Arcwave Voy, um dos modelos mais portáteis oferecidos pela marca masculina WOW Group, fabricante alemã de itens de prazer que também produz o WeVibe e o Womanizer – os outros dois presentes incluídos na mala direta promocional.
o que diferencia um produto do outro é como ele funciona e como ele faz o usuário se sentir.
Brinquedos sexuais mais elegantes e voltados tanto para o público masculino (adeus, Fleshlight) quanto para o feminino fazem parte de uma mudança mais ampla em direção a uma abordagem de design de produto mais cuidadosa de itens geralmente relegados à categoria de excentricidades encontradas apenas em lojas para adultos.
“Se você fizer uma pesquisa mais ampla perceberá que, depois que o produto já atendeu às necessidades do consumidor – sejam caixas de som, lava-louças ou vibradores –, seu resultado começa a ter um certo nível de sofisticação”, diz o designer industrial Ti Chang.
Ele é um veterano de marcas de bens de consumo como Goody e Trek Bicycle que, em 2010, lançou a Crave, empresa por trás do Vesper, vibrador projetado para ser usado como um discreto pingente em um colar.
É OU NÃO É?
Quando se trata de brinquedos sexuais ou de caixas de som portáteis, as necessidades do consumidor são muito semelhantes. Ambos os produtos precisam ser fáceis de transportar, ergonômicos e impermeáveis. Também precisam ser capazes de manter a carga de energia. E, é claro, precisam vibrar bastante (o que é o som senão um tipo de vibração?).
Os designs resultantes, portanto, geralmente apresentam bordas arredondadas, materiais resilientes (como silicone), componentes leves e superfícies antiderrapantes.
Para além disso, “o que diferencia um produto do outro é como ele funciona e como ele faz o usuário se sentir”, diz Chang.
Agora, vamos fazer um teste. Separamos as imagens de seis produtos que poderiam ser tanto uma caixa de som portátil quanto um brinquedo sexual. Você é capaz de dizer qual é qual sem olhar a resposta?
Respostas:
1 . Embora seu design evoque uma buzina, que remete a sons, este é o Lelo Sila Cruise, massageador que usa ondas sônicas para estimulação do clitóris. Foi lançado no início de 2022.
2 . Seu nome, Phantom II, combinaria tanto com um equipamento de som quanto com um brinquedo sexual. Mas é uma caixinha de som criada pela Devialet, luxuosa empresa de engenharia de áudio. O Phantom II, que custa a partir de US$ 1,3 mil, é vendido em versões de 95 e 98 decibéis. O fabricante alega que o Phantom II 98db entrega o dobro da potência do alto-falante de 95db.
3 . Não, esta não é uma versão em miniatura da famosa caixa de som Beats Pill, mas sim o Vibrating Bullet, da marca plusONE. Projetado para ser portátil, o brinquedo é à prova d'água e inclui uma capa removível.
4 . Este produto pode enganar pela aparência, mas o Commuter 2, da Kove, é único entre os alto-falantes com bluetooth que tem a capacidade de ser usado tanto como uma única caixa de som, separada, quanto como duas caixas menores, para proporcionar som surround.
5 . Embora remeta a um equipamento de som por trazer botões de mais e de menos para regulagem, o botão mudo e uma base para carregar a bateria, esse na verdade é o Arcwave Ion – uma versão de alta tecnologia do Voy. Ele usa a tecnologia Pleasure Air patenteada pela Arcwave, para estimular o clitóris.,
6 . Pode ser difícil adivinhar a finalidade deste produto, mas esta é a caixa de som portátil com wi-fi e bluetooth Beosound 1, da marca Bang & Olufsen. Ela custa US$ 1.999 e pode vir equipada com o assistente de voz do Google.
