5 perguntas para Frank Koja, da Kyndryl Brasil
Formado em Tecnologia em Processamento de Dados, com especializações pela FGV e ESPM, Frank Koja iniciou sua carreira na IBM e lá permaneceu por 22 anos. Enquanto liderava a área de serviços, em 2021, foi apontado como o futuro líder da empresa que se formaria após o spin-off da área de infraestrutura de serviços da IBM – a Kyndryl Brasil.
Além da vasta experiência adquirida na área de tecnologia e de ter acompanhado de perto muitas empresas em seus processos de reinvenção digital, o executivo também sempre buscou aprender com a diversidade e a pluralidade das pessoas. Assim, foi líder do grupo de afinidades de mulheres da IBM por sete anos e acompanha o trabalho das recém-criadas redes de inclusão da Kyndryl.
Nesta entrevista à Fast Company Brasil, ele fala sobre escuta ativa, respeito aos colaboradores e sobre o poder de nossas atitudes diárias.
O que é inovação?
É criar algo, é tudo o que foge ao padrão. Acredito que, para a inovação acontecer, temos que contar com uma pluralidade de pessoas. Porque só inovamos realmente se tivermos diversidade de ideias.
Em tecnologia, inovar é essencial. Na Kyndryl, temos um time supertalentoso e cheio de mentes curiosas, e é isso que alimenta a nossa inovação. Porque é a curiosidade que abre novos mundos e permite novas formas de pensar.
Qual é a habilidade mais importante para exercer a liderança?
Ouvir, mas ouvir com atenção, foco e a intenção de compreender, com escuta ativa. Para isso, nós, como líderes, temos que estar presentes e abertos em nossas conversas.
é a curiosidade que abre novos mundos e permite novas formas de pensar.
Não dá para escutar realmente uma pessoa sem olhar nos olhos e fazendo outra coisa ao mesmo tempo. E é isso que leva à empatia. Ouvir os colaboradores é demonstrar respeito por eles. É dando voz a todos que crescemos como empresa.
O que é qualidade de vida para você?
É buscar ter, todos os dias, atividades que me dão prazer e que contribuam para a minha saúde física e mental. E, também, propiciar um clima agradável na rotina de trabalho, com respeito aos colegas, garantindo a inclusão e a diversidade.
Muitas vezes, temos que ficar boa parte do dia resolvendo questões profissionais. Mas, independentemente disso, não abro mão do meu momento de exercício físico e do tempo que fico com a minha família.
O que o conceito de sustentabilidade representa para você e como se conecta ao seu trabalho?
A sustentabilidade deve ser um componente central dos princípios organizacionais de qualquer empresa. Ela começa dentro de casa, nas nossas atitudes diárias e como levamos isso para nossos filhos.
No trabalho, precisamos conscientizar os colaboradores.
Não dá para escutar realmente uma pessoa sem olhar nos olhos e fazendo outra coisa ao mesmo tempo.
Mas, mais do que isso, como empresa incorporamos à nossa cultura a missão de apoiar as iniciativas pelas quais podemos colocar a nossa tecnologia e força de trabalho para causar impactos sociais e ambientais positivos.
Há algumas semanas, promovemos uma ação em que nosso pessoal do Rio de Janeiro se voluntariou para limpar os resíduos em uma praia local. É um exemplo de como podemos promover ações de responsabilidade socioambiental e engajar nossos colaboradores e comunidades.
Qual o conselho mais importante que já recebeu na vida?
Um conselho valioso que recebi é: não sinta vaidade pelo cargo que você tem ou pela função que desempenha. Tudo é circunstancial e não é eterno. Todos os dias, temos que trabalhar com dedicação para manter a entrega no trabalho e nos relacionamentos. O mais importante é quem somos, sem crachá ou perfil profissional.
A melhor coisa a se fazer é lembrar de quem você foi. Sempre me lembro do menino que fui, que conciliava os estudos na escola técnica à noite com o trabalho durante o dia. Ele diz muito sobre mim: os seus sonhos e a sua simplicidade. Importa mais o que a gente é do que o que a gente tem.