Festival Mundial da Criatividade discute o papel dos criadores de conteúdo

Evento acontece até domingo no centro histórico de São Paulo, com shows e atividades gratuitas

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Redação Fast Company Brasil 2 minutos de leitura

Desde 2018, o Dia Mundial da Criatividade é reconhecido pela ONU e celebrado de diferentes formas em mais de 128 cidades de 19 países. No ano passado, a data deu origem ao Festival Mundial da Criatividade, para prestigiar esses locais com uma curadoria de conteúdos variados. A primeira edição brasileira aconteceu em Salvador, reunindo cerca de cinco mil pessoas em três dias.

Em 2023, o festival acontece de hoje até domingo (20 a 22 de abril), na capital paulista, com o tema "A Era dos Criadores de Impacto". O evento ocupa espaços simbólicos do centro histórico da cidade, como Farol Santander, Centro Cultural Banco do Brasil, Shopping Light, Pateo do Collegio, Casa PretaHub e Café Girondino.

Crédito: Festival Mundial da Criatividade

Com 100 atividades gratuitas nas áreas de tecnologia, inovação, empreendedorismo, economia criativa, ESG, educação, diversidade, inclusão, arte e cultura, o festival deve receber cerca de 10 mil participantes em São Paulo e outros 40 mil nas outras cidades pelo mundo.

"O interesse é ampliar a discussão sobre a importância dos criadores de conteúdo para os debates contemporâneos da cultura e da sociedade e para a construção de negócios e inovações para o desenvolvimento sustentável", afirma Lucas Foster, idealizador do Dia Mundial da Criatividade e diretor-executivo da Organização Mundial da Criatividade.

CRIADORES DE IMPACTO

O desejo de se tornar criador de conteúdo vem crescendo, segundo Foster, assim como a indústria atrelada a esses profissionais, com novos produtos, parcerias com marcas e escolas de negócios. Até a democracia vem sendo impactada.

Lucas Foster (Crédito: Leo Pinheiro)

"No entanto, os impactos negativos também estão surgindo, como fóruns virtuais com discursos de ódio e fortes danos à saúde mental de crianças e jovens”, alerta o organizador.

“Esse é um dos principais universos que se consolidaram no pós-pandemia e achamos fundamental construir espaços de diálogo abertos, democráticos e saudáveis para debater essa 'era dos criadores'".

Foster acredita que os "criadores de impacto" sempre existiram e sempre existirão, mas que é necessário levantar a discussão sobre responsabilidade social e afetiva para o negócio da criação de conteúdo.

"Como construir uma carreira sólida e promissora na área de conteúdo sem abrir mão da ética e do respeito? Como contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa, inclusiva e sustentável usando a influência digital nas plataformas que estão se tornando referência para a cultura?”, questiona.

O festival não tem a pretensão de oferecer 10 dicas para ser um criador de impacto, mas parte do princípio que autoconhecimento e empatia são alguns dos ingredientes importantes para uma carreira sólida nesta indústria.

Entre os temas em discussão este ano estão:

● Como a análise de dados transforma o trabalho criativo (Gui Vaz);

● Medo do impacto da AI na criatividade? (Daniele Almeida);

● Monetização de Dados e o Futuro da Privacidade (Bruno Aracaty);

● Design e seus segredos (Clarissa Biolchini);

● As marcas mais valiosas do mundo (Eduardo Chaves);

● Storytelling e memória como processo de imaginação (Jules de Farias);

● O impacto dos games na sociedade brasileira (Bernardo Mendes);

● Como converter mais vendas usando gatilhos mentais (Jessica Campani);

● A redefinição da criatividade (Mauro Cavalletti);

● O vínculo como impulso da criatividade (Camila Holpert);

● Marketing de influência e a percepção do mundo (Rafael Arty);

● Estudar 3D pode mudar a sua vida (Teo Tavares).

As inscrições podem ser feitas no site oficial do evento.


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