OpenAI, Microsoft, Google e Meta prometem cuidados extras ao criar IAs

Sete empresas firmaram compromisso com a Casa Branca para garantir que seus produtos de IA sejam seguros antes de lançá-los

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Redação Fast Company 3 minutos de leitura

Amazon, Google, Meta, Microsoft e outras empresas que lideram o desenvolvimento da tecnologia de inteligência artificial concordaram em atender a um conjunto de salvaguardas intermediadas pelo governo dos EUA.

A Casa Branca anunciou que firmou compromissos voluntários com sete para garantir que seus produtos de IA sejam seguros antes de lançá-los. Alguns dos compromissos exigem a supervisão de terceiros sobre o funcionamento dos sistemas comerciais de IA, embora não detalhem quem auditará a tecnologia ou responsabilizará as empresas.

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Uma onda de investimento comercial em ferramentas de IA generativas capazes de escrever textos convincentes e produzir imagens e outras mídias, vem atraindo o interesse do público. Mas também levanta preocupações sobre seu potencial para enganar pessoas e espalhar desinformação, entre outros perigos.

As quatro gigantes da tecnologia, junto com a OpenAI (criadora do ChatGPT) e as startups Anthropic e Inflection, se comprometeram com testes de segurança “realizados em parte por especialistas independentes” para proteger contra grandes riscos, como biossegurança e segurança cibernética, segundo a Casa Branca.

As empresas também se comprometeram com métodos para relatar vulnerabilidades em seus sistemas e usar marca d’água digital para ajudar a distinguir entre imagens reais e geradas por IA, conhecidas como deepfakes. Elas também divulgarão publicamente falhas e riscos na tecnologia, incluindo questões sobre viés.

Os compromissos voluntários devem ser uma maneira mais imediata de lidar com os riscos antes de um esforço de longo prazo para fazer com que o Congresso norte-americano aprove leis que regulem a tecnologia.

MOBILIZAÇÃO INTERNACIONAL

Alguns defensores dos regulamentos de IA disseram que a ação do governo do presidente Joe Biden é um começo, mas é preciso fazer mais para responsabilizar as empresas e seus produtos.

“A história indica que muitas empresas de tecnologia não cumprem o compromisso voluntário de agir com responsabilidade e apoiar regulamentações rígidas”, afirmou James Steyer, fundador e CEO da organização sem fins lucrativos Common Sense Media.

O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, anunciou que apresentará uma legislação para regular a inteligência artificial. Ele realizou várias reuniões com funcionários do governo para orientar os senadores sobre o tema.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que as Nações Unidas são “o lugar ideal” para adotar padrões globais de governança da IA.

Vários executivos de tecnologia pediram regulamentação e muitos foram à Casa Branca em maio para se reunir com Biden, com a vice-presidente Kamala Harris e com outras autoridades.

Mas alguns especialistas e concorrentes iniciantes temem que o tipo de regulamentação que está sendo implementada possa ser favorável aos pioneiros do setor, liderados pela OpenAI, Google e Microsoft, já que players menores são prejudicados pelo alto custo de aderir a restrições regulatórias.

Vários países têm buscado maneiras de regular a inteligência artificial, incluindo legisladores da União Europeia que têm negociado regras abrangentes de IA para o bloco de 27 nações.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou recentemente que as Nações Unidas são “o lugar ideal” para adotar padrões globais e nomeou um conselho que apresentará um relatório sobre as opções para a governança de IA até o final do ano.

Guterres também disse que acolheu os apelos de alguns países para a criação de um novo órgão da ONU para apoiar os esforços globais para regular a IA, inspirado em modelos como a Agência Internacional de Energia Atômica ou o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas.

Com base em texto da Associated Press.


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