Este aparelho de TV transforma sua sala em uma galeria de grandes pinturas
Como a Samsung trouxe 12 das pinturas surrealistas de Dalí para as suas molduras
As pinturas de Salvador Dalí estão espalhadas pelo mundo inteiro, do Museu de Arte Moderna de Nova York, passando pelo Teatro Museo Dalí, na Espanha, até o Museu Salvador Dalí, na Flórida.
Mas, por uma assinatura mensal, mais o valor de uma TV Samsung Frame, agora qualquer um pode admirar "A persistência da memória” do artista, além de outras 11 obras-primas escolhidas a dedo, no conforto da sua casa.
A TV da Samsung é um componente crucial. Em 2017, a gigante da tecnologia lançou a The Frame, uma televisão projetada por Yves Behar que funciona como uma obra de arte emoldurada. Ao mesmo tempo, lançou a Samsung Art Store, que permite escolher entre mais de 2,3 mil obras de arte digitais licenciadas para serem exibidas na TV.
Desde então, a Samsung Art Store fez parcerias com instituições como o Museu do Louvre, o Victoria and Albert Museum e o Museu do Prado. Agora, a empresa se uniu à Fundação Gala-Salvador Dalí, uma instituição cultural privada fundada pelo próprio pintor. Assim, pela primeira vez, as obras de arte de Dalí estão disponíveis digitalmente.
A parceria é fruto da demanda popular, já que Dalí foi o artista mais procurado pelos donos dos televisores, mas levou quase um ano para o acordo se consolidar. Como explica a curadora da Samsung Art Store, Daria Greene, o maior desafio não foi nem conseguir a adesão da fundação, mas lidar com as complexidades da lei de propriedade intelectual que envolve as obras de arte.
Como regra geral, os direitos autorais não se aplicam mais a obras que foram publicadas ou registradas antes de 1925. Mas Dalí pintou a maioria de suas obras famosas depois disso. Portanto, a equipe de Greene precisou vasculhar os arquivos e descobrir, antes de mais nada, quem havia fotografado as pinturas do artista.
"Se você fosse a um museu e tirasse uma foto de uma pintura que não tivesse direitos autorais, poderia usá-la como quisesse. Mas, para nós, precisamos encontrar quem tirou as fotos, quem está arquivando essas fotos", diz Greene, que acabou resolvendo tudo com a ajuda da Artists Rights Society, organização que cuida de direitos autorais, licenciamento e monitoramento para artistas visuais.
A Samsung Art Store está intrinsecamente ligada à The Frame, o que a torna uma ferramenta de vendas eficaz para qualquer pessoa que queira disfarçar seu televisor, fazendo-o parecer um belo quadro na parede.
Mas também há benefícios culturais. Graças à tecnologia, os museus conseguem ampliar seu alcance para além dos limites físicos de suas sedes e, talvez, atrair novos públicos. Isso, por sua vez, pode ajudar a democratizar o acesso à arte.
Embora alguns possam achar que Fundação Gala-Salvador Dalí está "se vendendo" a uma empresa de tecnologia por ter aceitado essa parceria, vale lembrar que Dalí não era alheio a trabalhos mais comerciais. Ele desenhou anúncios alucinantes para a empresa ferroviária francesa SNCF, uma sequência de sonhos surrealista para o filme "Spellbound" (Quando Fala o Coração), de Alfred Hitchcock, além do famoso logotipo da Chupa Chups.
Por isso, Greene acredita que a parceria está de fato alinhada com o espírito de Dalí. "O mundo da arte pode ser antiquado, mas Dalí era um artista que abraçava o aspecto comercial. Acho que ele ficaria muito feliz com a ideia de poder aparecer na sala de estar de qualquer pessoa, a qualquer momento."