Ruim aturar os “quiet quitters”? “Colegas faladores” podem ser piores

Três em cada quatro trabalhadores nos EUA já conviveram com colegas que falam tanto que acabam deixando de cumprir suas tarefas

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Lydia Dishman 2 minutos de leitura

Entre as tendências que têm avançado, recuado e se chocado como ondas nos ambientes profissionais, uma que está gritando para ser vista esteve lá o tempo todo. Estamos falando sobre os “colegas faladores”.

Você conhece o tipo: esteja em uma reunião online ou sentado na mesa ao lado, ele vive desfiando um rosário interminável de críticas, queixas e comentários sobre tudo e todos. Fala tanto que acaba deixando de fazer seu trabalho (os quiet quitters pelos menos cumprem o mínimo que se espera deles).

Você pode e deve falar sobre o que está te incomodando, mas a conversa tem que ir além de apenas dizer para a pessoa parar.

O site de empregos monster.com descobriu que o problema está aumentando após uma pesquisa recente, feita nos EUA, que apontou que a maioria dos entrevistados (77%) já trabalhou com um colega falador e que quase metade (42%) acredita que essas pessoas não têm consciência de seu impacto no restante da equipe.

É tão ruim que mais da metade consideraria sair do emprego em vez de realmente falar com o colega problemático. Só 23% disseram que confrontariam um deles sobre seu comportamento inconveniente.

Existem maneiras de lidar com colegas irritantes de todos os tipos – desde os preguiçosos até aqueles que adotam uma postura ruim, passando pelos que não sabem se comunicar direito. Isso vale também para o trabalho remoto.

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Art Markman sugere começar a lidar com o problema a partir de uma abordagem empática. "Antes de se preocupar com o comportamento do colega, pergunte como ele está. Ligue e simplesmente bata um papo. De repente, a pessoa pode estar enfrentando algum tipo de situação que vai fazer com que você mude a forma como encara o comportamento dela. Essa conexão humana pode fazê-la parecer menos irritante.”

Isso é responsabilidade de todos, não importa onde estejam na hierarquia da organização, de acordo com Yiannis Gavrielides, CEO do aplicativo de networking Covve. "É de suma importância entender as limitações da comunicação online, para que sejamos muito mais cuidadosos em como nos comunicamos, especialmente sobre assuntos mais difíceis."

a pessoa pode estar enfrentando algum tipo de situação que vai fazer com que você mude a forma como encara o comportamento dela.

Você pode e deve falar sobre o que está te incomodando, de acordo com Scott Lyons, autor de "Viciado em Drama". Mas a conversa tem que ir além de apenas dizer para a pessoa parar – o que nem sempre adianta.

"Você pode explicar como um determinado comportamento faz você se sentir. Por exemplo: 'quando você chega atrasado, me deixa muito estressado. E eu nem sempre sei o que fazer com isso.' Essas trocas deixam espaço para que haja participação na conversa e compartilhamento de sentimentos.

Dito isso, é importante olhar no espelho e garantir que não é você quem está fazendo com que seus colegas sintam arrepios quando estão próximos. Comece examinando sua comunicação. Há palavras e expressões que é melhor evitar, como “tanto faz” ou “é assim que as coisas são”.

Preste atenção também nos pequenos atritos do dia a dia, como sempre chegar atrasado às reuniões. Detalhes como esse vão se acumulando ao longo do tempo e podem atrapalhar o seu avanço profissional.


SOBRE A AUTORA

Lydia Dishman é editora sênior de growth & engagement do site fastcompany.com . saiba mais