Você pagaria por um Instagram sem anúncios? A Meta aposta que sim

A gigante de tecnologia estaria pensando em lançar um plano de assinatura a € 10 por mês na Europa

Créditos: Brett Jordan/ Unsplash/ Freepik

Associated Press 1 minutos de leitura

A Meta planeja oferecer aos usuários do Facebook e Instagram na Europa a opção de pagar por versões sem anúncios das plataformas de mídia social como uma maneira de cumprir a legislação sobre privacidade de dados da União Europeia, informou o “The Wall Street Journal” esta semana.

A empresa pretende cobrar dos usuários cerca de € 10 (US$ 10,50) por mês para usar o Instagram ou o Facebook sem anúncios em desktops, segundo o jornal, que cita fontes familiarizadas com a proposta. Adicionar mais contas custaria € 6 cada.

Os preços para dispositivos móveis seriam mais altos, aproximadamente € 13 por mês, porque a Meta precisa levar em consideração as comissões cobradas pelas lojas de aplicativos da Apple e do Google em pagamentos dentro dos apps.

Crédito: Brett Jordan/ Unsplash

Segundo o WSJ, o plano de assinatura seria lançado nos próximos meses como forma de cumprir as regras estabelecidas no GDPR (sigla em inglês para Regulamento Geral sobre Proteção de Dados) que ameaçam seu lucrativo modelo de negócios, baseado na exibição de anúncios personalizados.

A Meta daria aos usuários a possibilidade de escolher entre continuar usando as plataformas com anúncios ou pagar pela versão sem anúncios, disse o WSJ.

A assinatura seria uma maneira de a Meta cumprir a legislação sobre privacidade de dados da União Europeia

“A Meta acredita no valor de serviços gratuitos, que são sustentados por anúncios personalizados", afirmou a empresa em comunicado. "No entanto, continuamos a explorar opções para garantir que cumprimos os requisitos da legislação. Não temos mais nada a compartilhar no momento.”

O tribunal superior da UE disse em julho que a Meta deve obter o consentimento do usuário antes de mostrar anúncios, decisão que ameaça a capacidade da empresa de gerar receita veiculando publicidade customizada com base nos interesses individuais dos usuários e em sua atividade na internet.

Não está claro se os reguladores da UE aprovarão o plano ou insistirão que a empresa ofereça versões mais baratas. Uma das preocupações dos reguladores seria o preço das taxas propostas, que poderiam ser muito caras para a maioria das pessoas que não desejam ser impactadas por anúncios online.


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