Novembro fecha com nova rodada de demissões em tech e mídia
Nos EUA, as más notícias continuam para empresas de destaque nos setores de tecnologia e mídia
Ondas de demissões atingiram duramente a indústria de tecnologia em 2023. De acordo com o site Layoffs.fyi, mais de 1,1 mil empresas de tecnologia demitiram quase 250 mil trabalhadores até o momento.
Neste final de ano, uma nova rodada está impactando ainda mais os dois setores nos EUA. Embora os cortes sejam menores do que os promovidos no final de 2022 e no início de 2023 – quando dezenas de milhares de pessoas perderam o emprego em empresas como Meta, Microsoft, Disney e Amazon –, eles indicam que medidas de redução de custos ainda estão colocando postos de trabalho em risco.
mais de 1,1 mil empresas de tecnologia demitiram quase 250 mil trabalhadores até o momento em 2023.
No final de novembro, saiu a notícia de que a ByteDance (dona do TikTok), deve demitir centenas de funcionários por conta do fechamento de sua divisão de jogos Nuverse, que não alcançou o sucesso esperado. Até o fechamento desta matéria, a empresa não havia especificado quantas pessoas serão afetadas pelos cortes.
No início do mês, o marketplace atacadista online Faire demitiu 20% da equipe (cerca de 250 pessoas). Segundo relatos, as demissões fazem parte de um plano de reestruturação. Foi a segunda rodada de cortes em pouco mais de um ano: o Faire já havia demitido 7% da equipe em outubro de 2022.
A lista de grandes empresas que promoveram demissões em novembro (nos EUA) inclui:
● Vice Media: aquele que já foi o veículo de mídia mais quente entre o público jovem anunciou que demitiria dezenas de funcionários após fechar vários programas de notícias. A CNN relatou que o número de demissões foi inferior a 100.
● Jezebel: o site de notícias focado no público feminino anunciou o fim da operação, com a demissão dos 23 membros da equipe editorial. Em comunicado, a diretoria da G/O Media (controladora do site) afirmou que o fechamento evidencia falhas fundamentais no modelo de mídia sustentado por anúncios, “no qual preocupações sobre a 'segurança da marca' limitam a monetização de conteúdo sobre as principais notícias do dia”.
● Condé Nast: a empresa que publica títulos como “Wired”, “Vogue” e “The New Yorker”, entre outros, anunciou que cortaria 5% de sua força de trabalho, o que significa uma redução de mais de 250 postos.
● Dish Network: enfrentando dificuldades, o provedor de TV via satélite está cortando pelo menos 500 empregos e atribui os cortes a "mudanças nas demandas comerciais”.
● Amazon: apesar de ter demitido milhares de funcionários em 2022, a empresa não parou por aí. Segundo a CNBC, mais de 180 empregos estão sendo cortados na divisão de jogos, incluindo aqueles envolvidos na transmissão de jogos e no suporte a jogos de terceiros
● Snap: a dona do Snapchat demitiu quase 20 gerentes de projeto, movimento que se seguiu à saída de vários executivos ao longo dos últimos meses.
● Chewy: a empresa de suprimentos para animais de estimação cortou cerca de 200 empregos, de acordo com o TechCrunch. As ações da Chewy caíram mais de 40% no acumulado do ano.
