WGSN causa impacto em apresentação com siglas como NFTs, POAPs, AR, VR e outras

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Causou impacto a apresentação de Cassandra Napoli, estrategista sênior de uma das maiores consultorias de tendência do mundo, a WGSN na tarde de hoje. O tema “Retailing the metaverse”, atraiu o público para o auditório da NRF 2022 nesta segunda-feira. A apresentação, que tinha como objetivo analisar a forma como a tecnologia do metaverso está criando novos canais de receita e oportunidades para o varejo, traçou um panorama que foi desde a evolução de NFTs até experiências imersivas de shopping, passando por aspectos como os benefícios de fidelização oferecidos pelas criptomoedas e o comércio direto para avatares. 

Segundo Cassandra Napoli, à medida que o metaverso vai amadurecendo e se fazendo mais presente, ele criará oportunidades alternativas para os varejistas. “A ‘metaeconomia’ abrirá novas possibilidades de produtos, capacidades de comércio e canais de distribuição nos próximos anos”, disse ela. “Embora um terço dos americanos nunca tenha ouvido o termo ‘metaverso’, ele está se popularizando em grande parte graças ao Facebook. Em outubro de 2021, a plataforma de mídia social dominou as manchetes depois que mudou seu nome para Meta para refletir sua intenção de evoluir de uma empresa de mídia social para uma empresa do metaverso. Em novembro, a Microsoft anunciou seu próprio metaverso, Mesh, como parte de seu plano de potencializar o local de trabalho virtual”, constatou. 

Grandes marcas também estão se preparando para o início da vida online. A Nike registrou patentes para produtos digitais, como seus iminentes “cryptokicks” ou tênis digitais a serem vendidos como NFTs. Também está lançando um Metaverse Studio e já está recrutando para a “meta-força” ou a força de trabalho do metaverso.

A apresentação da WGSN mostra a ascensão do metaverso nos últimos três anos, destacando as oportunidades para as marcas em mundos virtuais via AR e VR, NFTs, jogos e blockchain. A consultoria vem prestando uma atenção cada vez maior ao assunto, especialmente na forma como as marcas estão experimentando os mundos virtuais como um canal chave de comunicação e engajamento. 

Na visão da executiva, várias tecnologias estão ajudando a potencializar as oportunidades de comunicação e vendas para marcas e varejistas no metaverso. Essas ofertas incluem blockchain, AR, VR, computação espacial, criptomoeda e finanças descentralizadas, comércio descentralizado, tokens não fungíveis (NFTs), identidades digitais (avatars) e organizações ou comunidades não governadas conhecidas como DAOs (organizações autônomas descentralizadas).

Para os varejistas, a liberdade, a criatividade e a acessibilidade oferecidas por essas ferramentas que impulsionam o metaverso impulsionarão o engajamento e ajudarão no crescimento da marca. A estimativa, para a WGSN, é de que na próxima década, essas tecnologias se desenvolverão para introduzir novos canais de distribuição e receita, começando com lojas virtuais imersivas, marcas descentralizadas, NFTs como esquema de fidelidade e o aumento do comércio direto para avatar (D2A).

Palestra “Retailing the metaverse” apresentada por Cassandra Napoli, estrategista sênior da WGSN (Crédito: Newzoo)

NFTs E POAPs

Siglas como NFT e POAP também farão parte da vida dos consumidores, segundo a WGSN. Os NFTs abriram a porta de entrada para as criptomoedas, com os colecionáveis ​​digitais únicos, que representam um ativo único normalmente cunhado no blockchain Ethereum. Para que se tenha uma ideia, no terceiro trimestre do ano passado o volume de negociação de NFT aumentou 704% (US$ 10,67 bilhões) em relação ao trimestre anterior e as NFTs já definiram parte do cenário de tendências de 2021, com tudo, desde nomes de domínio descentralizados e itens de jogos virtuais até tweets e memes sendo cunhados e vendidos. À medida que a confiança em torno do blockchain que alimenta os NFTs cresce e os tokens digitais se integram à cultura dominante, surgem novas oportunidades para combater falsificações e construir produtos “souvenirs” digitais, tokens com compra e outros colecionáveis.

POAPs

Cada vez mais populares entre os organizadores de eventos e nas comunidades Web3, os POAPs são souvenirs digitais que funcionam como “crachás” NFT gratuitos alojados na cadeia xDai, uma cadeia lateral mais verde da Ethereum. 

Inicialmente projetados para que os usuários possam marcar eventos da vida cotidiana (como um Facebook para blockchain), os POAPs também podem ser utilizados em um ambiente comercial. Eles já foram utilizados por marcas como ATARI, em concertos virtuais (como Decentral e Metaverse Music Festival) e eventos como NFT NYC.

COMPRAS FIGITAL 

Outra tendência apontada pela consultoria em sua apresentação foram as compras figital. Segundo Cassandra, à medida que os consumidores confiam cada vez mais no comércio eletrônico, as lojas físicas estão se tornando cada vez mais como “pontos de experiência”, e as novas tecnologias estão ajudando a mesclar os dois canais.

A pandemia acabou por acelerar a adoção global do comércio eletrônico e levou a loja virtual a se tornar uma experiência. Apesar dessas mudanças, muitos consumidores ainda estão divididos quando se trata de fazer compras. Nos EUA, 46% preferem fazer compras pessoalmente em vez de online, enquanto os consumidores britânicos e chineses preferem online.

À medida que a tecnologia 3D, VR e AR se torna mais acessível, há mais oportunidades para as marcas integrarem tecnologia que torna cada vez mais tênue a linha que separa as experiências virtuais das físicas, não apenas online, mas também na loja. As marcas que tiverem mais sucesso nesta integração construirão uma experiência memorável de marca, atendendo perfeitamente às necessidades do consumidor.

A apresentação da WGSN lembra ainda que, provando que a loja física tem um lugar no metaverso, Mark Zuckerberg anunciou que a Meta lançará potencialmente lojas físicas de varejo para criar uma sensação de “curiosidade, proximidade”, ocupando um novo lugar como canal de mídia e conteúdo.

Outra marca que já estreou neste universo é a Etsy, que lançou The Etsy House. A casa virtual hiper-realista em 3D tem as paredes de uma casa decorada com itens dos vendedores do Etsy. Os compradores podem navegar pela casa e clicar para obter mais informações, fotos, um link para comprar e uma ferramenta de modelagem 3D para ver um item de todos os ângulos.

Acompanhe a cobertura especial da Fast Company Brasil da NRF 2022. 


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