IA invade os mecanismos de busca e Google se mexe para não ficar para trás
OpenAI e Google se preparam para entrar no mercado de buscas com IA. Mas não são os únicos
O mercado de buscas pode estar prestes a passar por grandes mudanças. Na semana passada, a agência de notícias “Reuters” divulgou que a OpenAI estaria planejando lançar um produto de busca alimentado por inteligência artificial, competindo diretamente não apenas com o Google como também com sua principal parceira, a Microsoft. A empresa negou os detalhes da reportagem, mas não descartou completamente a ideia.
Enquanto isso, o Google deve revelar um pouco dos seus próprios planos de introduzir IA em seu mecanismo de busca durante sua conferência anual, que começou nesta terça-feira, além de fazer outros anúncios relacionados ao Gemini AI, deixando bem claro que este mercado está evoluindo muito rapidamente.
Embora seja certo que as coisas mudarão consideravelmente nos próximos meses conforme a tecnologia vai se tornando mais inteligente e os mecanismos de busca – tanto de gigantes da tecnologia quanto de startups – se adaptam aos hábitos dos usuários, aqui está o cenário atual deste novo e competitivo mercado.
O líder do setor já está testando respostas geradas por IA em seus resultados de busca regulares, enquanto corre para não ficar atrás da concorrência. O novo recurso, que tem aparecido nos resultados de busca de alguns usuários há cerca de um mês, antecipa perguntas e fornece um resumo relacionado à pesquisa.
O Google também está testando a incorporação de IA generativa em seu mecanismo de busca por meio do Search Labs. Entre as áreas exploradas estão respostas em linguagem simples para perguntas dos usuários, sugestões para necessidades específicas e ajuda com visualizações por meio de uma ferramenta de arte generativa. Por enquanto, os usuários precisam ativar esses recursos, mas os testes podem indicar alguns dos planos futuros da empresa.
BING
O mecanismo de busca da Microsoft saiu na frente na corrida da inteligência artificial quando incorporou a IA generativa da OpenAI. Embora a empresa tenha tido alguns problemas no lançamento, ele foi rapidamente atualizado, corrigindo problemas e adicionando links de origem para que as pessoas possam decidir se confiam nas respostas fornecidas.
Agora chamado de Copilot, o chatbot oferece respostas detalhadas e atualizadas. Em dezembro, a Microsoft introduziu a função “deep search”, um modo de busca aprimorado que expande a descrição da consulta, permitindo uma busca mais detalhada do que seria possível com apenas algumas palavras-chave. Em março, a ferramenta foi atualizada com o GPT-4 Turbo, ampliando ainda mais sua base de conhecimento.
PERPLEXITY
Esta startup, eleita uma das empresas mais inovadoras de 2024 pela Fast Company, utiliza IA para fornecer respostas mais precisas e contextualizadas. Ela combina grandes modelos de linguagem (incluindo o GPT-4, da OpenAI) com um rastreador da web para ajudar os usuários a encontrar respostas de forma rápida – e logo se tornou um dos produtos mais comentados no mundo da tecnologia.
Existem versões gratuita e paga do mecanismo de busca. Usuários que pagam US$ 20 por mês têm acesso a modelos de IA mais poderosos. Em vez de fornecer uma lista de links para que o usuário encontre a resposta, o Perplexity AI faz a pesquisa, escreve um resumo e lista as fontes, além de sugerir perguntas de acompanhamento. O recurso Copilot ajuda a estreitar a busca para fornecer as respostas mais úteis.
BRAVE
Embora não seja tão conhecido quanto os outros nesta lista,
o Brave é mais um que utiliza IA para fornecer resultados rápidos e precisos. Ele também tem a vantagem de não rastrear os usuários ou suas buscas, eliminando preocupações com a privacidade.
Em um post em seu blog no início deste mês, a empresa disse que registrou quase 10 bilhões de consultas no último ano – cerca de 27 milhões por dia. O mecanismo de busca também oferece suporte a vários idiomas em suas respostas.