Todos pedem para você “dar uma mãozinha”? Pense antes de topar

Você está sendo bombardeado com pedidos de conselho? Como lidar com essa demanda e preservar seu tempo.

Crédito: Fast Company Brasil

Stephanie Vozza 3 minutos de leitura

Alguém já pediu sua "ajuda rápida" ou "meia horinha para trocar uma ideia"? Quando você acumula feitos admiráveis ou ocupa uma posição que os outros também desejam alcançar um dia, é comum receber solicitações de pessoas que querem convidá-lo para tomar um café em troca de seus conselhos.  

O problema é que essas demandas geralmente vêm de completos estranhos. Com a Internet e o acesso a endereços de e-mail, é muito fácil entrar em contato com qualquer pessoa. Mas a decisão de dizer "sim" ou "não" a esses pedidos depende de suas próprias prioridades.

QUANDO DIZER "NÃO”

Como fundador e presidente do conselho da agência de marketing  Acceleration Partners e autor do popular boletim  Friday Forward newsletter, Robert Glazer recebe muitos pedidos de ajuda. Quando algum pedido chega em sua caixa de entrada, ele se pergunta: "Isso tem a ver com o que é de fato importante para mim?"

"Escrevi livros e as pessoas ficam me perguntando o tempo todo: 'gostaria muito de saber sua opinião sobre publicação ou autopublicação'", ele conta. "Mas eu não tenho nenhuma paixão por ensinar as pessoas a publicar."

Ainda assim, Glazer gosta de ser útil, por isso criou um documento com todas as dicas que pode compartilhar. Se alguém pedir informações sobre esse assunto, ele compartilha um link para o documento e acrescenta: "Se você tiver alguma pergunta específica, me procure". 

Se alguém pedir informações, você responde: "Se você tiver alguma pergunta específica, me procure". 

"Pouquíssimas pessoas realmente fazem outras perguntas", diz ele. "Essas são as pessoas que estão determinadas a fazer o trabalho. Às vezes, tenho a sensação de que as pessoas estão me pedindo para trabalhar mais do que elas mesmas estão dispostas a fazer."

COMO DIZER "NÃO" COM EDUCAÇÃO 

Além de ter respostas pré-escritas para as solicitações mais comuns, Glazer usa modelos de e-mail para facilitar suas respostas. "Os modelos são realmente uma libertação", diz Glazer. 

Crédito: RapidEye/ iStock

"Se você se sentar por meia hora e desenvolver o modelo uma vez, vai se sentir à vontade para dizer 'não'. Recebo agradecimentos por isso, porque as pessoas estão acostumadas a não ouvir nada. Além disso, sou um cara com zero mensagens na caixa de entrada. Prefiro cortar o mal pela raiz, em vez de fazer com que a pessoa continue mandando e-mails."

Glazer preserva ainda mais seu tempo colocando um paywall para proteger seu conteúdo. "Não sou um capitalista de risco, mas mesmo assim as pessoas querem apresentar suas ideias de negócios para mim. Criei meu 'Elevate Club', que tem uma taxa nominal e inclui horário comercial. Acho que as pessoas precisam de uma barreira paga para diferenciar quem respeita seu tempo e quem não respeita."

    QUANDO DIZER "SIM

    A maioria das pessoas já teve alguém que as ajudou no passado, quando estavam começando em sua área. Glazer diz que esse é um bom motivo para prestar ajuda, e ele definiu as circunstâncias em que ele disponibiliza tempo para estranhos. Por exemplo, se o pedido estiver relacionado a algo importante para ele ou se alinhar com seus interesses, ele considera a possibilidade de dizer "sim". Além disso, ele reserva tempo para alguém que seja amigo ou parente de uma pessoa próxima. 

    "Que porcentagem você quer gastar retribuindo? Em seguida, estabeleça esse limite,

    O segredo é colocar um parâmetro em torno disso. "Pense sobre isso da mesma forma que você pensa sobre o tempo que gasta em pesquisa e desenvolvimento", diz Glazer. "Que porcentagem você quer gastar retribuindo? Em seguida, estabeleça esse limite, já sabendo que você gastará uma hora por semana ou a cada quinze dias."

    Não se esqueça de manter o quadro geral em vista, acrescenta Glazer. "Se você fizer das prioridades de outras pessoas a sua prioridade ou a sua pauta, vai ser muito difícil alcançar suas próprias grandes realizações", diz ele.


    SOBRE A AUTORA

    Stephanie Vozza escreve sobre produtividade e carreira na Fast Company. saiba mais